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Dólar sobe a R$ 4,91 com dados nos EUA e ajustes técnicos, mas giro é fraco

Depois de ter registrado ontem o menor nível de fechamento em um mês no mercado à vista, o dólar zerou as perdas de terça-feira ante o real e terminou o pregão acima dos R$ 4,91, com investidores ajustando posições e reagindo à divulgação de dados mais fo

Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)

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Escrito por Gustavo Nicoletta (via Agência Estado)
Publicado em 20.12.2023, 18:35:00 Editado em 20.12.2023, 18:38:18
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Depois de ter registrado ontem o menor nível de fechamento em um mês no mercado à vista, o dólar zerou as perdas de terça-feira ante o real e terminou o pregão acima dos R$ 4,91, com investidores ajustando posições e reagindo à divulgação de dados mais fortes que o previsto sobre a economia dos Estados Unidos. O movimento foi exacerbado pela saída de estrangeiros da Bolsa e pelo baixo volume de negócios, dada a proximidade das festas de fim de ano.

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"Não há um motivo específico para a alta do dólar hoje. Esse comportamento deve estar relacionado mais a um ajuste técnico após queda observada ontem", disse Cristiane Quartaroli, economista do Ouribank.

Segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, a queda no preço de produtos agrícolas com peso relevante na pauta de exportações brasileira exerceu pressão negativa extra sobre o real, dado que outras moedas ligadas a commodities - como o dólar australiano - e de países emergentes - como a lira turca e o peso mexicano - tiveram desempenho ligeiramente melhor ante o dólar no pregão de hoje.

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O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos medido pelo Conference Board subiu de 101,0 em novembro para 110,7 em dezembro, enquanto analistas ouvidos pela FactSet previam avanço mais tímido, a 104,5. Além disso, as vendas de moradias usadas no país subiram 0,8% em novembro ante outubro, segundo a Associação Nacional de Corretoras (NAR, na sigla em inglês). O resultado também superou a previsão do mercado, de alta de 0,3%.

Os dois indicadores reforçaram a percepção de que a economia americana resiste ao efeito negativo vindo do forte aumento de juros adotado pelo Federal Reserve para conter a inflação. No entanto, fizeram pouco para mudar a expectativa majoritária do mercado de que o banco central começará a cortar a taxa dos Fed Funds a partir de março - o que explica a força do dólar mesmo diante da queda nas taxas dos Treasuries.

O dólar à vista subiu 0,99%, a R$ 4,9120, terminando o dia muito perto da máxima da sessão, de R$ 4,9130.

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Além de ganhar força em relação ao real, o dólar também subiu em relação a outras moedas fortes - nesta quarta-feira, o euro caía 0,24%, a US$ 1,0956, enquanto a libra recuava 0,48%, a US$ 1,2670.

Em ambos os casos, a desvalorização era motivada pela expectativa de que na zona do euro e no Reino Unido as taxas de juros podem começar a cair antes do período sinalizado pelos bancos centrais destas regiões - o que tornaria o ritmo de afrouxamento monetário nas economias desenvolvidas mais sincronizado e menos desfavorável ao dólar.

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