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Dólar segue em queda pelo 3º dia com avanço de pacote fiscal

Os dois projetos com urgência na Câmara podem ser votados diretamente no plenário, sem passar antes pelas comissões da Casa

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Icone Camera Foto por Reprodução/pixabay
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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 05.12.2024, 14:05:31 Editado em 05.12.2024, 14:05:34
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O dólar segue em baixa nesta quinta-feira, 5, após duas quedas seguidas. Investidores reagem à aprovação da urgência para dois projetos do pacote fiscal na Câmara na quarta-feira à noite. O recuo externo da divisa norte-americana também ajuda em meio à resiliência do euro à crise política na França e com expectativas de corte menor de juros pelo BCE na próxima semana. Porém, a alta dos juros dos Treasuries, com apostas em corte leve de taxas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 18 de dezembro, e o recuo de petróleo e minério de ferro servem de contrapontos.

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A expectativa majoritária para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira, é de alta de 0,75 ponto porcentual da Selic, a 12,0% ao ano. Logo mais, o Tesouro faz leilões de LTN e NTN-F (11 horas).

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Os dois projetos com urgência na Câmara podem ser votados diretamente no plenário, sem passar antes pelas comissões da Casa. Um deles autoriza o governo a limitar a utilização de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas, e o outro é um PL que ajusta as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do arcabouço.

A projeção de economia de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026 com o pacote de contenção de despesas foi avaliada como conservadora pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ele reforça que o governo estará atento e promoverá ajustes, se necessário, para obter esses resultados.

Mello também disse que o pacote fiscal anunciado pelo governo não tem condão de, sozinho, mudar a direção da política monetária de imediato. E reconhece que a inflação pode fechar neste ano acima do teto da meta - de 4,5% - se houver "algum tipo de surpresa", uma vez que a projeção oficial da Pasta já está em 4,40%.

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Além disso, está em segundo plano, por enquanto, a notícia de que o governo quer tributar na fonte os rendimentos com lucros e dividendos para os contribuintes com renda mensal acima de R$ 50 mil por mês.

A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão. Na semana passada, o mercado estressou e o dólar superou os R$ 6 pela primeira vez na história, com a proposta de isenção de imposto de renda a pessoas físicas que ganham até 5 mil, mas que acabou ficando para ser discutida no próximo ano juntamente com a reforma da renda na tributária.

Às 9h32, o dólar à vista caía 0,32%, a R$ 6,0295. O dólar para janeiro cedia 0,26%, a R$ 6,0470.

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