MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Dólar reduz alta com melhora nos EUA, mas ainda sobe a R$ 5,12

O dólar operou o dia todo em alta, mas teve dois momentos distintos. Pela manhã, chegou a subir mais de 2% e a bater em R$ 5,22, com o temor dos efeitos econômicos da nova variação do coronavírus no Reino Unidos, enquanto vários países fecharam seus aerop

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.12.2020, 18:48:00 Editado em 21.12.2020, 20:43:15
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O dólar operou o dia todo em alta, mas teve dois momentos distintos. Pela manhã, chegou a subir mais de 2% e a bater em R$ 5,22, com o temor dos efeitos econômicos da nova variação do coronavírus no Reino Unidos, enquanto vários países fecharam seus aeroportos aos britânicos e Londres decretou um novo lockdown. Pela tarde, a moeda americana desacelerou os ganhos, com mínimas a R$ 5,11, com os investidores mais animados com os acertos finais para a aprovação de um pacote fiscal nos Estados Unidos, além de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter minimizado os efeitos da nova variação do vírus na eficácia das vacinas, destacando que os medicamentos já são feitos prevendo estas ocorrências.

continua após publicidade

No fechamento, o dólar à vista terminou em alta de 0,78%, cotado em R$ 5,1228. No mercado futuro, o dólar para janeiro fechou em alta de 0,32%, em R$ 5,1170.

O dólar já abriu o dia em forte alta ante o real, enquanto o DXY, índice que mede o comportamento da moeda americana ante divisas fortes, superou os 91 pontos, no nível mais alto desde o dia 9. O novo lockdown na Inglaterra e vários países fechando aeroportos para o Reino Unido lembrou os piores momentos do início da pandemia, levando os investidores a procurarem ativos considerados portos seguros, destaca o analista sênior de mercados do banco Western Union, Joe Manimbo. O iene japonês e o franco suíço também subiram forte, enquanto as moedas de emergentes perderam valor e as bolsas despencaram.

continua após publicidade

Nos negócios da tarde, as declarações da OMS e a perspectiva de acerto para o pacote fiscal americano, de US$ 900 bilhões, que deve ser votado ainda hoje em Washington, por volta das 22h (de Brasília), ajudaram a reduzir o temor dos participantes dos mercados. O DXY desacelerou a alta para perto de 90 pontos, ameaçando perder o patamar, como na semana passando, quando caiu a 89 pontos, na mínima desde abril de 2018. O dólar também perdeu força ante moedas emergentes, zerando a alta no México.

"O pacote de estímulo é uma razão a mais para otimismo com 2021", afirma o economista da Capital Economics, Paul Ashworth, em nota. Ele elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o ano que vem de 5% para 5,5% por conta do acerto final para o pacote.

O novo pacote de estímulo americano deve despejar ainda mais liquidez nos mercados, o que contribui, junto com outras medidas extraordinárias fiscais e monetárias nos países desenvolvidos, para manter um ambiente de busca por risco, que pode levar o dólar a cair abaixo de R$ 5,00 no final do primeiro semestre de 2021, prevê o banco francês Crédit Agricole. Apesar dos problemas fiscais e estruturais do Brasil colocarem um teto para a melhora do real e do Ibovespa, a instituição vê chance de a busca por risco fazer o real se valorizar mais um pouco. O dólar deve chegar ao final do primeiro trimestre a R$ 5,00 e a R$ 4,75 ao final do segundo período do ano que vem.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Dólar reduz alta com melhora nos EUA, mas ainda sobe a R$ 5,12"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!