O mercado brasileiro de câmbio mantém o dólar em baixa na manhã desta quarta-feira, 11, assim como ocorre ante a maioria das divisas de países emergentes e exportadores de commodities. Segundo analistas ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o resultado essencialmente dentro do esperado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos consolidou a aposta em um corte de 0,25 ponto porcentual nos juros norte-americanos, o que reduziu parte das especulações em torno da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
No Brasil, a alta de 1,2% no volume de serviços prestados em julho superou as estimativas mais otimistas, que apontavam aumento de 1,1%. Com o segmento de serviços forte, também fica reforçada a aposta em elevação dos juros no Brasil, na contramão da política monetária americana.
Assim, o mercado vê à frente um quadro de aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, o que favorece o ingresso de recursos ao País - e a queda do dólar.
"Com isso, o dólar passa por ajustes à alta de ontem, que foi meramente especulativa, enquanto os mercados aguardavam o CPI, que só ratificou o 0,25 ponto esperado. Na prática, o corte de juros nos EUA e a alta esperada aqui vai aumentar o diferencial de juros, o que tende a atrair recursos para o Brasil", explica Elson Gusmão, diretor de câmbio da corretora Ourominas.
Nesta manhã, também pesa a favor do real a recuperação de parte das perdas do petróleo, que ontem recuaram em torno de 4%.
Às 11h13, o dólar à vista era cotado a R$ 5,6358, em baixa de 0,34%. O dólar futuro para outubro cedia 0,55%, para R$ 5,6450.
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