O dólar se mantém em baixa na manhã desta segunda-feira, 3, após registrar mínima aos R$ 4,7608 (-0,60%) no mercado à vista. Na abertura, foi registrado sinal de alta pontual, e uma máxima aos R$ 4,7968 (+0,15%).
O diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, afirma que a queda do dólar ante o real reflete o bom humor do mercado interno com a possibilidade de votações de pautas importantes pela Câmara já nesta primeira semana de julho, sendo a principal a proposta de reforma tributária.
Rugik observa que os investidores locais se antecipam à possibilidade de novas entradas de investidores estrangeiros em função do otimismo com o Brasil e do diferencial ainda alto de juros na arbitragem com o real e também para a Bolsa.
O mercado de câmbio ajusta-se ainda à queda dos juros futuros, após revisões para baixo nas expectativas para a inflação e os juros no Brasil no Boletim Focus.
Após a meta de inflação ser fixada em 3% para 2026, mesmo patamar confirmado para 2024 e 2025, e da mudança para regime de alvo contínuo, o Boletim Focus aponta que o IPCA em 2023 caiu de 5,06% para 4,98%, o que também teve efeito sobre a estimativa para a Selic ao fim de 2023, que diminuiu de 12,25% para 12,00%.
Além de otimismo trazido pela Focus, os investidores ajustam posições diante da previsão de que a reforma tributária será pautada na sessão de hoje na Câmara, para iniciar as discussões e poderá ser votada na próxima semana, conforme vem sinalizando o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
No exterior, o dólar está desacelerando a alta intradia ante outras moedas principais e emergentes ligadas a commodities. Investidores aguardam os PMIs industrial dos EUA em junho (11h) e do Brasil (10h). Os PMIs do setor de manufatura vieram fracos na Europa, China e Japão.
Às 9h52 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 0,17%, a R$ 4,7821. Em junho, a moeda americana acumulou baixa de 5,59% e de 9,29% no primeiro semestre no segmento à vista, maior desvalorização ante o real desde 2016, período marcado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O dólar para agosto recuava 0,16%, a R$ 4,8050, após mínima a R$ 4,7840 (-0,59%) e máxima aos R$ 4,820 (+0,16%).
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