O dólar opera em baixa moderada nesta terça-feira, 22, estendendo perdas do dia anterior. Os investidores ajustam-se a um fôlego curto das Bolsas internacionais, alta do petróleo, desvalorização do dólar ante alguns pares emergentes do real, como peso mexicano, peso chileno e rand sul africano, e também dos retornos dos Treasuries.
Os mercados globais seguem mais propensos a ativos de risco, enquanto aguardam discursos de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em dia de agenda econômica esvaziada e de espera também pela publicação da ata da última reunião monetária do Fed, amanhã.
A indefinição fiscal no governo eleito segue no foco interno. Dólar e juros futuros fecharam em queda ontem, diante da possibilidade de alternativas à PEC da Transição.
Ao longo do fim de semana, foram gestadas duas novas PECs, uma de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), que propõe um extrateto aos programas sociais de R$ 70 bilhões, e outra do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que eleva em R$ 80 bilhões de forma permanente o limite do teto de gastos a partir de 2023. A minuta de PEC apresentada pelo governo eleito ao Congresso prevê gastos extrateto de cerca de R$ 198 bilhões, sem prazo definido.
A PEC precisa ser aprovada em dois turnos no Congresso até o dia 15 de dezembro. E lideranças do Congresso articulam a aprovação hoje prevendo menos gastos públicos e mantendo programas sociais. O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), que foi destacado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para coordenar as conversas com o Congresso sobre a PEC, afirmou que "o ideal é chegar a um consenso e protocolar o texto hoje".
Às 9h35, o dólar à vista caía 0,17%, a R$ 5,3018. O dólar para dezembro recuava 0,42%, a R$ 5,3095.
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