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Dólar perde força global e ante real após núcleo do cpi na margem mais fraco

O dólar renovou mínima a R$ 4,6229 no mercado à vista, reagindo à ampliação da queda da moeda americana ante pares principais (DXY ) e divisas emergentes e ligadas a commodities, na esteira do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA. O núcleo da infl

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.04.2022, 10:29:00 Editado em 12.04.2022, 10:35:56
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O dólar renovou mínima a R$ 4,6229 no mercado à vista, reagindo à ampliação da queda da moeda americana ante pares principais (DXY ) e divisas emergentes e ligadas a commodities, na esteira do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA. O núcleo da inflação na margem veio abaixo do esperado, estimulando desmontagem de posições cambiais compradas e vendas de exportadores, afirma o diretor Jefferson Rugik, da corretora Correparti.

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A alta dos preços das commodities contribuem ainda desde cedo para a queda do dólar frente o real e outras divisas emergentes e ligadas a commodities, afirma Rugik.

Há pouco, o barril de petróleo tinha alta perto de 4%. Já o minério de ferro negociado em Qingdao, na China, fechou em alta de 1,22% nesta terça-feira (12), cotado a US$ 140,78 a tonelada, informou o sócio-fundador da Ajax Capital, Guilherme Vasone.

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Segundo ele, o movimento indica recuperação dos últimos três dias, em que a commodity teve queda acumulada de mais de 4%, além da influência da flexibilização do lockdown em Xangai, na China.

O CPI dos Estados Unidos avançou 8,5% na comparação anual de março, ligeiramente acima da previsão do mercado (8,4%). Já o núcleo teve incremento anual de 6,5% no último mês - o maior desde agosto de 1982 -, como previsto. Na comparação mensal, o CPI americano avançou 1,2% em março ante fevereiro, e superou levemente a expectativa de analistas, de alta de 1,1%. Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,3% na comparação mensal de março, abaixo do consenso do mercado (0,5%).

Nos EUA, a inflação já está no maior nível em 40 anos e investidores buscam ainda sinais em novas falas de três dirigentes do Fed discursam: a diretora Lael Brainard (13h10); Patrick Harker (14 horas); Thomas Barkin, de Richmond (18 horas).

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Outro catalisador da baixa do dólar é a possibilidade de um ciclo de aperto de juros mais longo que o esperado no Brasil, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitir surpresa com a inflação muita alta no País. O mercado interpretou a declaração como sinal de que o BC pode ter intenção de mudar seu plano de voo de só elevar a Selic mais uma vez, em maio, em 100 pontos-base, para 12,75% ao ano. Ontem, a curva de juros passou a precificar aperto um pouco mais firme e mais longo, com taxa terminal a 13,30%, de 13,25% na sexta-feira.

Nesta manhã, o volume de serviços prestados caiu 0,2% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro mês de 2022 ante dezembro de 2021, o resultado do indicador foi revisto de -0,1% para -1,8%. O resultado de fevereiro ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,3% a 1,8%, com mediana positiva de 0,7%.

Considerando que o início da guerra na Ucrânia foi em 24 de fevereiro, é possível que o volume de serviços em março ainda venha fraco sob impacto maior dos problemas na cadeia produtiva e aumento da inflação global e no País decorrentes do conflito no leste europeu.

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Em relação a fevereiro do ano anterior, houve elevação de 7,4% nesta leitura, já descontado o efeito da inflação. Nesta comparação, as previsões eram de uma elevação de 6,1% a 13,0%, com mediana positiva de 8,5%. A taxa acumulada no ano - que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior - foi de alta de 8,4%. Em 12 meses, os serviços acumulam avanço de 13%. Contudo, a receita bruta nominal do setor de serviços caiu 1,5% em fevereiro ante janeiro.

Às 10h21, o dólar à vista caía 1,06%, a R$ 4,6415. O dólar para maio recuava 1,10%, a R$ 4,6625.

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