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Dólar inverte sinal e cai com mercado recalibrando expectativa por cenário fiscal

O dólar renovou mínima intradia a R$ 5,66 perto do fechamento e passou a ceder ante o real no período da tarde. Operadores mencionam que o mercado embute maior chance de que o governo anuncie medidas de contenção de despesas após as eleições municipais, m

Caroline Aragaki (via Agência Estado)

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Escrito por Caroline Aragaki (via Agência Estado)
Publicado em 24.10.2024, 18:00:00 Editado em 24.10.2024, 18:08:01
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O dólar renovou mínima intradia a R$ 5,66 perto do fechamento e passou a ceder ante o real no período da tarde. Operadores mencionam que o mercado embute maior chance de que o governo anuncie medidas de contenção de despesas após as eleições municipais, marcadas para este fim de semana, após coletiva conjunta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no G20 reforçar o arcabouço fiscal e mencionar que os preços de mercado "estão exagerados".

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O câmbio também teve apoio do exterior, em que a divisa americana cedeu tanto ante pares fortes quanto em relação à maioria das moedas emergentes e exportadoras de commodities. No segmento à vista, o dólar fechou em queda de 0,53%, a R$ 5,6629. Às 17h20, o contrato para novembro registrava queda de 0,39%, a R$ 5,6680. O DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes fechou em queda de 0,36%, aos 104,058 pontos.

Depois de subir por toda a manhã, o dólar inverteu o sinal à tarde após coletiva de Haddad com Campos Neto que, segundo o analista e sócio da Ajax Asset, Rafael Passos, "foi positiva por ter tido um discurso um pouco mais proativo em relação ao fiscal".

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O diretor de Câmbio da corretora Ourominas, Elson Gusmão, destaca principalmente as declarações de Haddad. O ministro afirmou, por exemplo, que o arcabouço fiscal brasileiro não precisa ser reformulado, mas reforçado, além de ter dito que o plano de corte de gastos é parte de questões estruturais do Brasil e não tem relação específica com um ou outro ministério.

Gusmão diz ainda que "depois das eleições municipais nesse fim de semana, a tendência é que o governo comece a elencar medidas em relação à contenção de despesas, e o dólar pode recuar um pouquinho mais".

Na mesma linha, o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, afirma que o mercado vem aumentando a expectativa de que a Fazenda avance na proposta para cortar gastos. "Reuniões neste sentido devem ocorrer na semana que vem após as eleições municipais, então a possibilidade de uma sinalização de maior sincronização entre corte de despesas e aumento de arrecadação está aumentando", avalia.

Pela manhã, o câmbio era pressionado por uma maior cautela fiscal e pela desancoragem das expectativas de inflação, reforçada pelo avanço de 0,54% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) em outubro, acima da mediana do Projeções Broadcast, de 0,51%. Na primeira etapa do pregão, o dólar também ganhava terreno em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities, em meio à perda de força do petróleo e no contexto de preocupações com as eleições nos EUA.

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