O dólar sobe no mercado à vista em meio à queda de 2,51% do minério de ferro e ampliação da valorização dos rendimentos dos Treasuries após dados acima do esperado de empregos no setor privado dos EUA, que reforçam dúvidas sobre o ciclo de flexibilização de juros nos EUA neste ano.
Nos EUA, a consultoria ADP informou que o setor privado criou 184 mil empregos em março, acima da previsão de +150 mil. Além disso, a geração de empregos do setor privado em fevereiro foi revisada, de 140 mil a 155 mil. Na última sexta-feira, o presidente do Federal reserve, Jerome Powell, que discursa nesta quarta-feira, 3 (13h10), afirmou que dependerá exclusivamente dos dados e do desempenho da economia a definição sobre o momento para cortes de juros, alertando que o Fed pode, inclusive, estender o período de manutenção da política restritiva, se não houver progresso na redução da inflação.
Na agenda interna, a produção industrial caiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrariou a mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,3%.
Em relação a fevereiro de 2023, a produção subiu 5,0%, abaixo da mediana positiva de 5,7%, com intervalo de 1,9% a 7,0%. Porém, fevereiro foi o sétimo mês consecutivo de alta anual na produção industrial. No acumulado deste ano, a indústria teve alta de 4,3% e, em 12 meses, houve alta de 1,0%, ante avanço de 0,4% até janeiro.
Os investidores aguardam ainda dados de PMIs de serviços do Brasil e EUA e discurso do presidente do Banco central, Roberto Campos Neto (10h), além de outros dirigentes do Federal Reserve ao longo do dia.
Mais cedo, os contratos futuros do petróleo aceleraram os ganhos para cerca de 1% após reunião ministerial da Opep+ terminar sem recomendação de mudanças na atual política de restrição da oferta da commodity, como era esperado.
Na China, o governo aliviou regras para o financiamento de carros, em uma tentativa de impulsionar as vendas no maior mercado automotivo do mundo.
Às 9h37, o dólar à vista subia 0,42%, a R$ 5,0793. O dólar para maio ganhava 0,19%, a R$ 5,0920.
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