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Dólar firma alta e vai a R$ 5,31 com ata do Federal Reserve

O dólar subiu pela manhã, em meio ao ambiente mais adverso a risco nesta quarta-feira no mercado internacional com preços do bitcoin despencando, e chegou a zerar a alta no começo da tarde. A moeda, porém, voltou a ganhar força com a divulgação da ata da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.05.2021, 17:42:00 Editado em 19.05.2021, 17:47:03
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O dólar subiu pela manhã, em meio ao ambiente mais adverso a risco nesta quarta-feira no mercado internacional com preços do bitcoin despencando, e chegou a zerar a alta no começo da tarde. A moeda, porém, voltou a ganhar força com a divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Prevaleceu no documento a visão de que a aceleração da inflação nos Estados Unidos é um movimento "transitório", o que frustrou os participantes do mercado, preocupados com os números mais altos dos últimos índices de preços, sobretudo em abril.

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Ao mesmo tempo, houve a primeira menção na ata de "alguns dirigentes" sobre a intenção de começar nas próximas reuniões a discussão da redução das compras de ativos.

Nesse ambiente, o dólar voltou a superar os R$ 5,30, enquanto as taxas de retorno dos juros longos americanos também foram para as máximas do dia e as moedas de emergentes perderam força, em meio a um movimento generalizado de fuga de ativos de risco. O noticiário político doméstico foi agitado e contribuiu para o clima de cautela.

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O real, que vinha tendo o melhor desempenho recente ante o dólar, nesta quarta-feira foi a moeda que mais perdeu força no mercado internacional, considerando uma cesta de 34 divisas mais líquidas. No fechamento, o dólar à vista terminou a quarta-feira em alta de 1,17%, a R$ 5,3158. No mercado futuro, o dólar para junho tinha ganho de 0,99% às 17h35, a R$ 5,3195.

A consultoria inglesa Oxford Economics prevê que o Fed vai oficialmente anunciar seus planos para reduzir as compras mensais de ativos em agosto, durante o simpósio anual de Jackson Hole, organizado pelo próprio BC americano e que tradicionalmente é aberto com discurso do presidente da instituição. O simpósio já foi usado no passado recente para anunciar mudanças da política monetária.

A redução das compras deve começar no início de 2022, prevê a economista-chefe para os EUA da Oxford, Kathy Bostjancic, em relatório. Já a elevação dos juros deve começar no início de 2023. Estes dois movimentos devem ajudar a fortalecer o dólar e nesta quarta já foi possível ver o reflexo disso nas cotações.

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Com a influência do exterior prevalecendo nesta quarta no câmbio, os eventos domésticos foram apenas monitorados, mas reforçaram a visão de cautela com Brasília, incluindo o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, na CPI da Covid no Senado, e a operação da Polícia Federal contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, envolvendo denúncias de exportação de madeira.

Como ressalta um gestor carioca, estes eventos não foram determinantes para os preço nesta quarta no câmbio, mas adicionam ingredientes para piorar o ambiente político em Brasília, com potencial de trazer volatilidade pela frente.

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