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Dólar fecha em queda de 0,33% a R$ 5,45 com expectativa por diferencial de juros e petróleo

O relatório de emprego payroll dos Estados Unidos, acima do esperado, engatou uma valorização do dólar ante rivais fortes. Contudo, o real conseguiu se apreciar ante a divisa norte-americana nesta sexta-feira, 4, com a entrada de fluxo comercial por opera

Caroline Aragaki (via Agência Estado)

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Escrito por Caroline Aragaki (via Agência Estado)
Publicado em 04.10.2024, 18:00:00 Editado em 04.10.2024, 18:08:12
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O relatório de emprego payroll dos Estados Unidos, acima do esperado, engatou uma valorização do dólar ante rivais fortes. Contudo, o real conseguiu se apreciar ante a divisa norte-americana nesta sexta-feira, 4, com a entrada de fluxo comercial por operações de carry trade - pela expectativa positiva para o diferencial entre juros interno e externo - e também apoiado pela nova alta do petróleo. Ainda assim, na semana, a divisa acumulou valorização de 0,36%.

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O dólar à vista fechou em queda de 0,33%, a R$ 5,4556 nesta sexta-feira, com o real tendo o terceiro melhor desempenho entre divisas emergentes (atrás apenas de peso colombiano e do peso mexicano). Já o índice DXY, que mede o dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, registrou alta de 0,52% hoje, aos 102,520 pontos, e ganho de mais de 2% na semana.

O tão aguardado relatório payroll dos Estados Unidos apontou a criação de 254 mil empregos nos EUA em setembro, acima da mediana do Projeções Broadcast de 140 mil.

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As chances de um corte de apenas 0,25 ponto porcentual pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em novembro ganharam força (plataforma do CME Group aponta que esta probabilidade é de 98,9%), mas investidores continuaram focando na perspectiva positiva de um diferencial de juros com a possibilidade de alta mais expressiva da taxa Selic.

"Suporte ao real é principalmente fruto da expectativa de aumento da taxa Selic, apesar da diminuição da expectativa sobre magnitude de corte pelo Fed", afirma Elson Gusmão, diretor de câmbio da corretora Ourominas.

O diferencial de juros favorece o real, porque "os investidores acabam tomando dinheiro em um lugar com taxa de juros mais baixa e trazendo para um mercado de maior risco, como o Brasil, que tem um prêmio mais alto" no chamado carry trade, segundo o especialista em câmbio da Manchester Investimentos, Thiago Avallone.

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Ambos afirmam que o mercado teve uma aversão a risco global elevada ao longo da semana, principalmente relacionada ao conflito no Oriente Médio. Contudo, a falta de grandes desdobramentos hoje abriu uma brecha para certo apetite a risco.

"O mercado aguarda retaliação de Israel ao Irã, e por enquanto ainda não se sucedeu. Então acabou ajudando no apetite de risco global, e isso fez com que moedas de países emergentes acabassem se sobressaindo um pouco", diz Gusmão, da Ourominas.

Avallone, da Manchester, cita ainda que a valorização do petróleo dá suporte adicional ao real, visto que o Brasil é um dos principais exportadores da commodity. Na semana, o barril WTI avançou 9,0% e o Brent, 8,4%.

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