O dólar recuou no início dos negócios da manhã desta sexta-feira, 25, ante o real e outros pares latino-americanos, como os pesos mexicano, chileno e colombiano e também frente o rand sul africano, após anúncio de medidas fiscais e para estimular o setor imobiliário e investimentos nos mercados da China. Porém, a queda ante o real já foi apagada e o dólar oscila, agora, perto da estabilidade, com viés positivo em meio ao avanço dos juros dos Treasuries
Os investidores globais e no Brasil operam sob forte expectativa pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no Simpósio Econômico de Jackson Hole, organizado pela distrital do Fed de Kansas City (às 11h05, de Brasília). Na quinta-feira, vários dirigentes do Fed falaram às margens do evento e alguns eles sinalizaram intenção de manter juros restritivos por um longo período.
A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, reconheceu "sinais promissores" no combate à inflação, mas evitou descartar novo aperto monetário. O líder da regional da Filadélfia, Patrick Harker, comentou que espera manutenção da postura atual. Neste cenário, as chances de o Fed voltar a elevar a taxa básica este ano cresceram ao longo da quinta-feira, embora ainda sejam minoritárias, conforme o monitoramento do CME Group.
Aqui, o mercado avalia o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que subiu 0,28% em agosto, ante queda de 0,07% em julho, e ficou no teto das estimativas do Projeções Broadcast. O índice acumulou alta de 3,38% no ano, também no teto das projeções dos analistas, e avanço de 4,24% em 12 meses.
Os investidores também olharam mais cedo a nota do setor externo, com transações em conta corrente e Investimento Direto no País (IDP), divulgadas pelo Banco Central.
A Fundação Getulio Vargas informou também que a confiança do consumidor subiu 2,0 pontos em agosto ante julho, o quarto mês seguido de avanços, na série com ajuste sazonal. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou 96,8 pontos, maior nível desde fevereiro de 2014, quando estava em 97,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice cresceu 2,9 pontos, quinta alta consecutiva.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, registrou baixa de 0,48% na terceira quadrissemana de agosto, após o declínio de 0,44% observado na segunda quadrissemana do mês, segundo dados publicados ainda na madrugada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Às 9h42, o dólar à vista estava estável, a R$ 4,8802. Já caiu até R$ 4,8581 (-0,45%) e teve alta à máxima a R$ 4,8832 (+0,06%). O dólar para setembro recuava 0,06%, a R$ 4,8865.
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