O dólar recua ante o real, após a produção industrial brasileira cair 0,5% em abril ante março, ante mediana do mercado de baixa menor, de 0,2% na margem. Além disso, o mercado de câmbio é pressionado pela queda dos juros dos Treasuries , que subiam mais cedo, após o relatório de empregos no setor privado dos EUA apontar criação de 152 mil vagas em maio, abaixo da projeção dos analistas (+175 mil). Em reação, o dólar desacelerou alta ante pares principais no exterior.
O mercado de câmbio passa por uma realização após o dólar à vista subir 0,98% na terça-feira, 4, para R$ 5,2854 - maior valor de fechamento desde 23 de março de 2023 (R$ 5,2900) -, ampliando o ganho acumulado neste ano para 8,90%.
O avanço do PMI de serviços (final) na China a 54,0 em maio, acima da previsão (52,4), e elevação moderada dos preços do petróleo podem estar atraindo exportadores à venda de dólar no segmento à vista. No entanto, a queda de 1,84% do minério de ferro na China pode estar limitando a valorização do real.
O recuo interno da moeda americana reflete ainda ajustes diante do alívio externo ante peso mexicano, rupia indiana, que na terça foram pressionadas na esteira das eleições presidenciais nesses dois países, num movimento que contaminou outros pares emergentes ligados a produtos básicos, como o real.
No Congresso, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que o governo não havia feito nenhum acordo para retirar a taxação do e-commerce do texto aprovado na Câmara que institui o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Ele confirmou que a matéria vai à votação no plenário do Senado nesta quarta-feira, 5, com a tributação de 20% sobre bens importados de até US$ 50.
Às 9h32 desta quarta-feira, o dólar à vista caía 0,20%, a R$ 5,2749. O dólar para julho recuava 0,31%, a R$ 5,2865. O juro da T-Note 10 anos cedia a 4,328%, ante 4,326% no fim da tarde de terça.
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