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Dólar cai a R$ 5,03, menor valor em seis meses com fluxo externo e BC

O dólar fechou a quinta-feira em R$ 5,03, na menor cotação desde o dia 12 de junho, quando foi a R$ 5,00 após uma breve temporada abaixo deste patamar. Fatores técnicos, incluindo um leilão extra de swap cambial do Banco Central (espécie de venda de dólar

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.12.2020, 18:46:00 Editado em 10.12.2020, 18:54:05
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O dólar fechou a quinta-feira em R$ 5,03, na menor cotação desde o dia 12 de junho, quando foi a R$ 5,00 após uma breve temporada abaixo deste patamar. Fatores técnicos, incluindo um leilão extra de swap cambial do Banco Central (espécie de venda de dólares no mercado futuro), além do noticiário positivo doméstico sobre vacinas contra o coronavírus e a perspectiva de que os juros podem voltar a subir mais cedo em 2021, o que em tese é positivo para atrair dólares ao Brasil, fez o real ganhar força em todo o pregão de hoje. A divisa brasileira terminou o dia com o melhor desempenho em uma cesta de 34 moedas mais líquidas, em meio a relatos de reforços nos fluxos externos ao Brasil, não só para a Bolsa, mas também para participar do leilão do Tesouro.

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No fechamento, o dólar à vista encerrou em baixa de 2,69%, cotado em R$ 5,0379. No mercado futuro, o dólar para janeiro fechou em queda de 2,79%, em R$ 5,0270.

Operadores falavam já ontem à noite da chance de queda do real nesta quinta-feira, com o Banco Central anunciando oferta extra de swap para hoje, de US$ 800 milhões, após concluir a rolagem dos papéis de janeiro. Também na noite de ontem, o comunicado da reunião de política monetária do BC, considerado mais duro, levou parte dos analistas a passar a prever chance de alta de juros mais cedo em 2021, o que também se reverteu em aumento destas apostas na curva a termo de juros.

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A analista de mercados emergentes e moedas do Commerzbank, You-Na Park-Heger, destaca que a possibilidade de alta de juros voltou ao radar do BC, o que não deixa de surpreender, pois a instituição vinha minimizando a recente aceleração dos índices de preços. Para ela, a volta da elevação dos juros pode ocorrer no segundo semestre de 2021. Assim, o comunicado mais duro ("hawkish") do BC é um fator positivo para o câmbio, na medida em que a redução do diferencial das taxas do Brasil com o resto do mundo foi um dos principais fatores a pressionar o câmbio nos últimos meses, além da questão fiscal.

Nas notícias sobre vacina, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o Instituto Butantã começou a produzir ontem a Coronavac, com capacidade de produção que chegará a 1 milhão de doses por dia. Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje uma resolução com regras para permitir o uso emergencial de vacinas. Com essas notícias, o dólar testou mínimas, enquanto o Ibovespa acelerou os ganhos, para no final da tarde superar os 115 mil pontos.

A expectativa pela vacina é forte porque ela pode ajudar a acelerar o crescimento da atividade, que será prejudicada neste e no próximo trimestre pelo crescimento de casos da covid no País, avalia o economista-chefe do Citi para Brasil, Leonardo Porto. Para ele, a vacinação no Brasil deve ganhar força a partir do segundo trimestre de 2021. Sobre o câmbio, ele está mais cético e acha que o dólar fecha o ano em nível mais alto que o atual, por conta da tendência do aumento de ruídos políticos nas próximas semanas em Brasília, em torno das reformas, da prorrogação do auxílio emergencial e da agenda fiscal. Por ora, o Senado confirmou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2021 no próximo dia 16.

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