O dólar renovou máxima a R$ 4,8520 (+0,40%) no mercado à vista mais cedo. O head da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, afirma que o dólar acelerou acompanhando o avanço dos juros dos Treasuries após os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA um pouco acima do esperado. Internamente, ele observa que, nestas quarta e quinta (dias 27 e 28), há mais empresas compradoras de dólar para remessas de fim de ano e a briga de bancos em torno da Ptax influencia, principalmente nas janelas de Ptax.
Os comprados estão puxando o dólar a fim de melhorar o desempenho de suas posições cambiais em dólar spot e papel moeda (Bank notes) e empresas também usam a Ptax para ajustar seus balanços corporativos de fim de ano, comenta. Para ele, a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não tem grande influencia na formação da taxa de câmbio.
O chefe da equipe econômica disse que as medidas anunciadas nesta quinta não irão melhorar o resultado primário projetado, e sim vão repor a perda da arrecadação estimada com a extensão da desoneração da folha pelo Congresso. Também reforçou que a meta fiscal zero em 2024 será perseguida pelo governo. "Toda a curva de juros futuros está subindo hoje, junto com os Treasuries e se ajustando à inflação interna mais alta que o esperado pelo mercado", diz Weigt, referindo-se ao IGP-M e IPCA-15 de dezembro.
Às 11h17 desta quinta, o dólar à vista ganhava 0,26%, a R$ 4,8445. Ainda assim, a moeda americana acumulava perda de cerca de 1,4% no mês e de cerca de 8,2% em 2023. O dólar para fevereiro de 2024 subia 0,37%, a R$ 4,8620.
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