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Dólar abre em queda, mas inverte para alta com exterior após dados dos EUA

O dólar abriu em queda ante o real nesta quinta-feira, 29, em meio a sinais divergentes frente moedas emergentes ligadas a commodities no exterior, mas ganhou força após o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre mais forte que o esperado

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 29.06.2023, 09:57:00 Editado em 29.06.2023, 10:01:32
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O dólar abriu em queda ante o real nesta quinta-feira, 29, em meio a sinais divergentes frente moedas emergentes ligadas a commodities no exterior, mas ganhou força após o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre mais forte que o esperado, reforçando apostas em novas altas de juros nos EUA.

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O dólar inverteu o sinal para cima com o fortalecimento há pouco do índice DXY do dólar em relação a outras moedas principais em meio ainda a quedas do petróleo, minério de ferro e vários produtos básicos agrícolas nas bolsas internacionais.

A estimativa de manutenção em 3,00% da meta do IPCA para os próximos anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião nesta quinta-feira (15 horas), e a deflação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) contribuíram para abertura em baixa, segundo analistas. Os investidores buscam mais pistas sobre a política monetária em meio a apostas majoritárias de início de corte em agosto.

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Quanto ao CMN, ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que o tema do encontro é a meta de inflação de 2026 e que a pasta também vai pautar a mudança do regime de metas de ano-calendário para contínuo, como vem defendendo nos últimos meses.

Mais cedo, o IGP-M registrou deflação de 1,93% em junho (mediana: -1,72%), após queda de 1,84% em maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador caiu 6,86% nos últimos 12 meses. No ano, o índice acumula queda de 4,46%.

De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), com a desinflação em curso, a chance de estouro da meta de inflação de 2023 caiu bastante, mas ainda é alta. No cenário de referência, a probabilidade de a inflação deste ano ficar acima do teto da meta, de 4,75%, é de 61%, contra 83% no RTI de março. Para 2024, atual horizonte relevante da política monetária, chance de estouro do limite superior (4,50%) também se reduziu, de 26% para 21%.

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Sobre o aumento o crédito para bancar o desconto no preço de carros de passeio pelo governo, a MCM Consultores avalia que o efeito fiscal da medida será nulo. "O aporte de mais R$ 300 milhões em créditos tributários para estimular a venda de carros populares será compensado pela elevação em R$ 0,03 de PIS e Cofins sobre o diesel", cita em nota.

Nos EUA, o PIB cresceu ao ritmo anualizado de 2% no primeiro trimestre de 2023, segundo pesquisa final divulgada hoje pelo Departamento de Comércio do país. O resultado ficou bem acima da estimativa anterior e também da projeção de analistas consultados pela FactSet, de alta de 1,3% em ambos os casos. No quarto trimestre de 2022, o PIB americano havia mostrado expansão anualizada de 2,6%. Já os pedidos de auxílio-desemprego no país caíram 26 mil na semana passada, a 239 mil - ficando abaixo do previsto por analistas ouvidos pela FactSet, de estabilidade a 264 mil.

O total de pedidos da semana anterior foi revisado de 264 mil para 265 mil.

Às 9h39, o dólar à vista tinha viés de alta de 0,01%, a R$ 4,8493, ante mínima em baixa a R$ 4,8298 (-0,37%). O dólar para julho cedia 0,04%, a R$ 4,8510, ante mínima a R$ 4,8315 (-0,48%).

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