O dólar à vista opera em alta na manhã desta segunda-feira, 8, com uma realização moderada após cair aos R$ 4,9436 (-0,99%) na sexta-feira - menor valor de fechamento desde 17 de abril e carregando perdas de cerca de 6% neste ano. Mas o dólar futuro de junho recua, embora tenha devolvido parte da queda intradia em linha com um ensaio de recuperação do índice DXY no exterior, que se desvaloriza menos ante mais cedo.
Os ajustes no mercado de câmbio são estreitos, com investidores analisando uma diminuição das previsões de inflação (IPCA) para este ano e em 2024 no boletim Focus. Além disso, o IGP-DI de abril caiu mais que o esperado pelo mercado e eleva expectativas pelo IPCA, que será divulgado na sexta-feira.
Com uma queda de 1,01% em abril, maior que a mediana negativa de 0,99% das projeções dos economistas do mercado, o IGP-DI amplia o recuo acumulado neste ano para 1,26% e de 2,57% em 12 meses. Em março, o indicador teve baixa de 0,34% em março.
Em relação ao arcabouço fiscal, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em entrevista exclusiva à CNN, ontem, que, a nova regra de controle de gastos, que está no Congresso, deve trazer regras e punições mais duras para o caso de descumprimento das metas fiscais anuais estipuladas pela proposta, o que agrada ao mercado.
Lá fora, persiste leve apetite por ativos de risco. Os juros dos títulos do Tesouro americano ampliam ganhos da sessão anterior, em meio à continuidade do alívio de preocupações com o setor bancário no país. A ação do PacWest Bancorp, que esteve no centro das tensões na semana passada, saltava quase 39% no pré-mercado de Nova York.
A ferramenta do CME Group apontava às 8h41, chance de manutenção dos juros em junho de 88% na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, após o payroll forte nos EUA na sexta-feira, com 12,00% de possibilidade de uma elevação de 25 pontos-base. Entre dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), continua a haver sinalização de mais aperto monetário, o que apoia o euro.
Os contratos futuros do petróleo sobem também, mais de 2% há pouco, depois de encerrarem a última semana com fortes perdas, apesar de terem saltado cerca de 4% na sexta-feira (5), quando dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho dos EUA aliviaram temores de recessão na maior economia do mundo.
A agenda dos EUA de hoje traz apenas pesquisa sobre estoques no atacado. Nos próximos dias, porém, estão previstos novos dados de inflação ao consumidor dos EUA e discursos de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No Brasil, os destaques são a publicação da ata do Copom, amanhã, e do IPCA de abril, na sexta-feira.
ÀS 9h43, o dólar à vista subia 0,17%, a R$ 4,9522. O dólar junho recuava 0,18%, a R$ 4,9750.
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