O dólar à vista opera em baixa, mas reduziu a perda intradia e o contrato futuro de junho chegou a testar um viés positivo, pontual, com a publicação de fortes dados de criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos, de 296 mil vagas em abril, bem acima da previsão de analistas (+133 mil).
Os investidores ajustam posições enquanto esperam pelas decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), após o fechamento do mercado local, e do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (15h), com coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.
O CME Group apontava mais cedo 90% de chances de um aumento de 25 pontos-base dos Fed Funds, para a faixa de 5,00% a 5,25%. A dúvida é se o Fed já poderá interromper o ciclo de aperto em junho devido à resistência dos núcleos de inflação mas com riscos de recessão na maior economia do planeta.
Aqui, a aposta majoritária segue sendo de manutenção da Selic em 13,75% ao ano e a atenção fica mais no comunicado, que pode trazer alguma sinalização sobre a possibilidade de início de cortes de juros nas próximas reuniões em meio à crescente pressão do governo.
O investidor também está em compasso de espera pela votação do arcabouço fiscal na Câmara, que só deve ocorrer depois do dia 10, quando o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), volta de evento em Nova York (EUA). E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, renovou a promessa de que a definição dos dois novos diretores do Banco Central deve ser feita nesta semana
Também na agenda local, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne pela manhã com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, para discutir a ampliação do crédito no País.
Às 9h25 desta quarta-feira, 3, o dólar à vista caía 0,11%, a R$ 5,0414. O dólar para junho tinha viés de alta de 0,05%, a R$ 5,0715.
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