O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,58% em outubro e fechou o mês em R$ 6,172 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. Em setembro, o estoque estava em R$ 6,075 trilhões. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 50,66 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 45,47 bilhões. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve alta de 1,60% em outubro e fechou o mês em R$ 5,928 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,05% maior no mês, somando R$ 244,32 bilhões ao fim de outubro.
Mesmo com o ciclo de queda da taxa básica de juros, atualmente em 12,25% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic subiu em outubro, para 39,19%. Em setembro, estava em 38,58%. Já os papéis prefixados reduziram a fatia de 26,39% para 25,98%. Os títulos remunerados pela inflação caíram para 30,65% do estoque da DPF em outubro, ante 30,81% em setembro. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,21% para 4,18% no mês passado. O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou alta, passando de 20,65% em setembro para 20,81% em outubro. O prazo médio da dívida teve recuo de 4,14 anos para 4,09 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF subiu de 10,58% ao ano para 10,86% a.a. no mês passado.
ParticipaçõesA participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública subiu em outubro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,94% em setembro para 10,18% no mês passado. No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 603,23 bilhões em outubro, ante R$ 580,01 bilhões em setembro. A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,28% em outubro, ante 28,55% em setembro. A parcela dos fundos de investimentos passou de 23,40% para 23,45% no mês passado. Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,11% para 23,29% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 4,19% para 4,08% na mesma comparação.
O Tesouro Nacional encerrou outubro com R$ 815,6 bilhões no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 0,65% maior em termos nominais que os R$ 810,31 bilhões que estavam na reserva em setembro. O montante ainda é 20,73% menor que o observado em outubro de 2022 (R$ 1,029 trilhão). O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O montante de outubro era suficiente para cobrir 8,7 meses de pagamentos de títulos, ante 9,50 meses em setembro. O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos. "Cabe destacar que os meses de janeiro, março, abril e julho de 2024 concentrarão vencimentos estimados em R$ 753,18 bilhões", pontua o relatório.
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