O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 1,51% em fevereiro e fechou o mês em R$ 5,856 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. Em janeiro, o estoque estava em R$ 5,768 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 54,38 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 32,93 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) avançou 1,48% em fevereiro e fechou o mês em R$ 5,616 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,21% maior no mês, somando R$ 239,14 bilhões ao fim de fevereiro.
Parcela de títulos
Com a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic voltou a subir em fevereiro, para 40,64%. Em janeiro, estava em 40,49%. Já os papéis prefixados aumentaram a fatia de 23,47% para 23,74%.
Os títulos remunerados pela inflação reduziram para 31,29% do estoque da DPF em fevereiro, ante 31,74% em janeiro. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,30% para 4,34% no mês passado.
O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou queda, passando de 22,63% em janeiro para 22,48% em fevereiro. O prazo médio da dívida teve baixa de 4,03 anos para 3,99 anos na mesma comparação.
Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF subiu de 10,50% ao ano para 10,86% a.a. no mês passado.
Participações
A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em fevereiro. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,79% em janeiro para 9,76% no mês passado.
No fim de 2021, a fatia estava em 10,56%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 547,98 bilhões em fevereiro, ante R$ 541,62 bilhões em janeiro.
A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 27,80% em fevereiro, ante 27,31% em janeiro. A parcela dos fundos de investimentos passou de 24,42% para 24,77% em no mês passado.
Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,57% para 22,79% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 4,10% para 4,07% na mesma comparação.
'Colchão da dívida'
O Tesouro Nacional encerrou fevereiro com R$ 995,66 bilhões no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros.
O valor observado é 4,43% maior em termos nominais que os R$ 953,39 bilhões que estavam na reserva em janeiro. O montante ainda é 22,10% menor que o observado em fevereiro de 2022 (R$ 1,278 trilhão).
O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O órgão define como meta o montante de recursos correspondente a três meses de vencimentos para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.
Deixe seu comentário sobre: "Dívida Pública Federal sobe 1,51% em fevereiro para R$ 5,856 trilhões"