A dívida pública brasileira subiu em novembro. Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral ficou em R$ 7,972 trilhões em novembro, o que representa 73,8% do Produto Interno Bruto (PIB) - contra 73,7% em outubro. O pico da série da dívida bruta foi alcançado em novembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB. A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) também aumentou no penúltimo mês de 2023 para 59,5% do PIB, ante 59,2% em outubro. A DLSP atingiu R$ 6,424 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 43,617 bilhões com juros em novembro, após esta rubrica ter encerrado outubro com um gasto de R$ 61,947 bilhões, informou há pouco o Banco Central. Conforme o BC, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no penúltimo mês de 2023 despesas na conta de juros de R$ 35,298 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 8,045 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 274 milhões. No ano, a despesa acumulada do setor público com juros é de R$ 654,436 bilhões, ou 6,60% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto, em 12 meses, o resultado negativo é de R$ 713,443 bilhões, o que também representa 6,60% do PIB no período.
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