A dívida pública brasileira continuou sua trajetória de queda em janeiro. Dados divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral alcançou R$ 7,257 trilhões no mês passado, o que representa 73,1% do Produto Interno Bruto (PIB). No fim de 2022, a dívida bruta era de 73,4% do PIB (dado revisado). O pico da séria da dívida bruta foi alcançado em outubro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 57,5% para 56,6% do Produto Interno Bruto (PIB) entre dezembro e janeiro. A DLSP atingiu R$ 5,614 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
Gasto com juros
O setor público consolidado teve um resultado negativo de R$ 52,320 bilhões com juros em janeiro, após esta rubrica ter encerrado dezembro com um gasto de R$ 59,007 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até janeiro, a despesa foi de R$ 620,975 bilhões, o que representa 6,26% do Produto Interno Bruto (PIB).
Conforme o BC, o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no primeiro mês de 2023 despesas na conta de juros de R$ 44,517 bilhões. Os governos regionais registraram gastos de R$ 7,389 bilhões e as empresas estatais, despesas de R$ 414 milhões.
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