O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Saint Louis, Alberto Musalem, disse nesta terça-feira, 18, que endossou as decisões tomadas pelos companheiros na última reunião de política monetária, e que vê sinais de desinflação em curso no país, apesar de que o momento ainda é de cautela e não pede redução de juros.
Segundo ele, que não vota nas decisões deste ano, é possível que os dirigentes levem "meses ou trimestres" para adquirirem a confiança necessária para cortar juros.
Musalem pontua que as taxas estão restritivas, e em uma posição estratégica para o momento, com possibilidade de uma ação rápida caso se faça necessário. "Antes de apoiar o corte, preciso de mais sinais de desinflação e de moderação da demanda e da oferta", disse.
Durante discurso em evento da CFA Society, ele evitou excluir a possibilidade de nova elevação de juros, embora não veja este como o cenário mais provável. Musalem pontuou que, caso a desinflação dê sinais de estagnação antes de se aproximar da meta de 2% ao ano, ele apoiaria um novo fortalecimento das taxas.
Apesar disso, o cenário mais provável para Musalem é de uma desaceleração da demanda, consumo e do mercado de trabalho no país, conforme os dados vêm indicando. Ele ponderou, inclusive, que as leituras de inflação ao consumidor e produtor (CPI e PPI, respectivamente, nas siglas em inglês) sustentam a possibilidade de uma redução "agradável" ao Fed na inflação do PCE em maio.
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