O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Filadélfia, Patrick Harker, reforçou que os Estados Unidos estão em um momento em que é possível deixas os juros no nível atual. Segundo o dirigente, que falou durante a Celebração do 80º aniversário da Chartered Financial Analyst (CFA), os impactos das altas de juros passadas não ainda não foram totalmente absorvidos, de forma que "fazer nada, neste momento, é fazer bastante, apesar de reiterar que "não tolerará reaceleração de preços". Harker, que tem direito a voto nas decisões monetárias do Fed neste ano, também destacou que os juros deverão ficar "mais altos por mais tempo", mas que a autoridade monetária seguirá guiada por dados, mas de forma "paciente e cautelosa com eles". Entretanto, afirmou que o impacto da política monetária nos títulos está exercendo sua própria pressão e que a força dos retornos dos Treasuries na economia "cria seus próprios desafios". Ainda, o dirigente destacou que irá considerar o aperto ao crédito resultado das turbulências bancárias do início do ano para sua votação no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).
Patrick Harker destacou também que espera que a resiliência da economia americana continue e que a "postura resoluta e paciente" irá permitir que os EUA alcancem um pouso suave. "E os dados que vejo, e tudo o que ouço, apontam para uma desinflação constante que já está em curso e é sustentada, ainda que lenta. As minhas projeções apontam para que a inflação caia abaixo dos 3% em 2024 e se estabilize no nosso objetivo de 2% a partir de então", salientou. Também destacou que a autoridade monetária norte-americana ainda não sabe o impacto da retomada de pagamento de dívidas estudantis, mas que vendas do varejo confirmam que famílias mantiveram poder de compra. Segundo o dirigente, as condições econômicas vêm evoluindo aproximadamente da forma que ele esperava, apesar de admitir que os dados econômicos de setembro vieram mais fortes do que o aguardado.
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