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Dirigente do Fed não espera ter informação suficiente sobre trajetória da inflação até maio

A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester, afirmou nesta terça-feira, 2, que é preciso ter mais informações sobre a trajetória da inflação, antes de decidir por corte de juros nos Estados Unidos. E

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 02.04.2024, 13:41:00 Editado em 02.04.2024, 13:47:28
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A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester, afirmou nesta terça-feira, 2, que é preciso ter mais informações sobre a trajetória da inflação, antes de decidir por corte de juros nos Estados Unidos. E acrescentou que não espera ter o nível de informação necessário para essa decisão até a próxima decisão do Fed, marcada para 1º de maio.

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Durante evento em Cleveland, ela disse que tem havido "progresso substancial" rumo à meta de inflação de 2% do Fed, mas ponderou que esta segue acima dessa meta.

Com direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, Loretta Mester afirmou que os números de inflação de janeiro e fevereiro são um lembrete de que o caminho rumo à meta não será "tranquilo", com potenciais sobressaltos nessa trajetória. Ela disse que continua a avaliar que o cenário mais provável é que a inflação continue a caminhar para os 2%, mas acrescentou que precisa ter mais dados para ter certeza sobre essa rota.

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Ela disse que reviu para cima sua projeção para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA neste ano, a "pouco mais de 2%". O mercado de trabalho, por sua vez, deve continuar a se equilibrar melhor neste ano. Caso o cenário previsto se confirme, os cortes de juros começam em 2024, afirmou.

Esses cortes devem ser vistos como passos rumo à normalização da política monetária, mas a dirigente insistiu que essa trajetória dependerá dos dados. Ela mencionou riscos às projeções, como tensões geopolíticas, o crescimento "lento" da China, potencial deterioração nos mercados imobiliários comerciais ou novos estresses financeiros. Do lado positivo, poderia haver crescimento mais forte que o esperado na produtividade, apontou.

A presidente do Fed de Cleveland afirmou que reviu para cima sua projeção para as taxas dos Fed funds no mais longo prazo, de 2,5% a 3%. Para ela, o risco maior, no quadro atual, seria cortar os juros cedo demais.

Com o quadro econômico positivo atual, o Fed não precisa ter pressa e correr esse risco, ponderou. Caso a inflação pareça ficar estagnada em nível acima da meta, os dirigentes poderiam manter a postura restritiva por mais tempo que o previsto. Mas ela também disse que, caso o mercado de trabalho se deteriore, os juros podem ser cortados mais cedo ou mais rápido que o antes previsto.

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