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Diretor do Fed cita juros restritivos, mas descarta EUA próximos de recessão

As taxas de juros seguem restritivas nos Estados Unidos, apesar dos cortes recentes, afirmou o diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Christopher Waller. "Mas não estamos nem um pouco próximos de uma recessão", disse, em sessão

Laís Adriana (via Agência Estado)

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Escrito por Laís Adriana (via Agência Estado)
Publicado em 08.01.2025, 13:06:00 Editado em 08.01.2025, 13:13:08
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As taxas de juros seguem restritivas nos Estados Unidos, apesar dos cortes recentes, afirmou o diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Christopher Waller. "Mas não estamos nem um pouco próximos de uma recessão", disse, em sessão de perguntas e respostas de evento promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quarta-feira, 8.

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Segundo ele, há opiniões muito diferentes sobre cortes de juros entre os dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Citando o gráfico de pontos divulgado na última decisão, Waller apontou que as previsões variam de nenhum corte a cinco cortes de juros de 25 pontos-base.

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O dirigente, no entanto, descartou a possibilidade de retornar os juros ao nível de 0%, classificando como "improvável" em um futuro próximo. "Queremos manter inflação baixa e estável. Este deve ser o nosso objetivo e o de todos os bancos centrais", ressaltou.

Questionado sobre a elevação dos juros dos Treasuries nos últimos meses, Waller observou que os rendimentos podem ter sido impulsionados pelo prêmio de perspectivas de inflação ou do déficit fiscal, com a aproximação do novo governo nos EUA.

Riscos à inflação

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No mesmo evento, em discurso, o diretor do Federal Reserve alertou que tensões geopolíticas e tarifas comerciais podem representar riscos de alta para a inflação dos Estados Unidos, a depender dos seus impactos sobre a economia do país.

O dirigente também afirmou que estes fatores devem ser desafios para presidentes de outros BCs ao redor do mundo, junto do rápido envelhecimento da população.

Waller pontuou que, na sua visão, dificilmente as tarifas propostas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, terão grande impacto sobre a inflação no curto prazo.

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O diretor do BC norte-americano ressaltou que ainda não é possível saber a magnitude das tarifas e que, a depender disso, os efeitos podem ser sentidos apenas no longo prazo. "Há uma grande variedade de projeções sobre qual será o impacto das tarifas e precisamos vê-las efetivamente antes de considerá-las", disse.

Contudo, Waller defendeu que a política monetária precisa estar preparada para responder a riscos inesperados e "sem precedentes", em um ambiente global cada vez mais incerto.

Sobre a inflação de serviços, o dirigente apontou, na sessão de perguntas e respostas de evento, que seu desempenho dependerá do avanço salarial: se os salários subirem em ritmo acelerado, podem manter a inflação elevada. Do contrário, podem arrefecê-la.

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