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Diretor do BC diz no G20 que eventos climáticos graves, como o do RS, serão mais frequentes

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, previu nesta terça-feira, 11, que eventos climáticos graves, como o que ocorreu no Rio Grande do Sul, serão mais frequentes. Ele também avaliou que o crescimento econômico, assim como a esta

Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 11.06.2024, 13:17:00 Editado em 11.06.2024, 13:24:21
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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, previu nesta terça-feira, 11, que eventos climáticos graves, como o que ocorreu no Rio Grande do Sul, serão mais frequentes. Ele também avaliou que o crescimento econômico, assim como a estabilidade financeira, não podem ser alcançados de forma sustentável enquanto parcelas importantes da população permanecerem excluídas dos benefícios já alcançados. "Este tema requer medidas urgentes e exige maior atenção, em particular, dos investigadores e dos formuladores de políticas econômicas", disse, de acordo com o discurso publicado pelo BC e que foi preparado para um evento do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), fechado à imprensa.

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Guillen enfatizou que a produção de indicadores econômicos relacionados com as alterações climáticas é uma necessidade que se torna cada vez mais urgente. "Os impactos do clima na economia são profundos e abrangentes. Podem afetar a produção de bens e serviços, o comércio internacional, o abastecimento e os preços dos alimentos, a distribuição do rendimento e da riqueza, a disponibilidade de poupanças, a despesa pública e a estabilidade financeira", enumerou.

Para Guillen, o monitoramento dos efeitos das alterações climáticas é necessário para neutralizar seus impactos, minimizar perdas, desenvolver políticas e coordenar ações. "É essencial que este monitoramento e estas políticas se baseiem em estatísticas regulares, oportunas, de alta qualidade e comparáveis a nível internacional", indicou. É inevitável, segundo ele, ter presente a ocorrência cada vez mais frequente de eventos climáticos graves, cujos efeitos são difíceis de avaliar antecipadamente.

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Ao citar a tragédia na região sul do Brasil no mês passado, o diretor salientou que os impactos econômicos, que apenas começaram a ser estimados, passarão pelo planejamento, coordenação e implementação de políticas de reconstrução, bem como pela contenção dos efeitos secundários.

"Eventos como este evidenciam a necessidade urgente de adotar ações preventivas que possam contribuir para, pelo menos, retardar o progresso das alterações climáticas, e, para tal, são necessárias estatísticas fiáveis e comparáveis para monitorá-lo", observou. "A utilização crescente de fontes de energia e de modelos de produção mais limpos e sustentáveis deve ser incentivada", continuou, citando que mecanismos de incentivo, como o mercado de créditos de carbono e a emissão de obrigações verdes, estão sendo utilizados, mas precisam de ser aumentados.

Dados distributivos

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Guillen também comentou que o mundo assistiu, neste século, a um aumento significativo da concentração de renda e de riqueza no topo dos níveis de distribuição. A disponibilidade de estatísticas abrangentes, detalhadas e comparáveis internacionalmente é essencial, segundo ele, para o sucesso das ações que visam à distribuição de rendimentos.

O diretor falou ainda, de acordo com o discurso, sobre outro pilar da Fase 3 da Data Gaps Initiative (grupo acompanhado pelo G20), que trata de inovações no sistema financeiro, como o surgimento de fintechs e moedas digitais. "Estas inovações têm um enorme potencial para gerar benefícios de longo alcance para todos os segmentos da população, particularmente no que diz respeito à inclusão financeira", salientou.

O diretor citou ferramentas incentivadas pelo BC que possam contribuir para a redução dos custos de transação e, desta forma, melhorar a inclusão financeira. Também mencionou a importância da análise de dados, do Pix, do Drex e da moeda digital desenvolvida pelo BC.

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