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Dieese: Diesel Petrobras fechou 2024 com preço 21,6% abaixo da 'era do PPI'

O preço do diesel Petrobras encerrou 2024 a R$ 3,549 por litro, uma queda de mais de 21,6% em relação àquele praticado ao fim de dezembro de 2022 (R$ 4,528) há dois anos, quando ainda vigorava o regime do preço de paridade de importação, o PPI, observado

Gabriel Vasconcelos (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Vasconcelos (via Agência Estado)
Publicado em 03.01.2025, 17:08:00 Editado em 03.01.2025, 17:16:00
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O preço do diesel Petrobras encerrou 2024 a R$ 3,549 por litro, uma queda de mais de 21,6% em relação àquele praticado ao fim de dezembro de 2022 (R$ 4,528) há dois anos, quando ainda vigorava o regime do preço de paridade de importação, o PPI, observado na companhia entre 2016 e 2022. A informação consta de levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

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"A Petrobras foi a empresa que mais reduziu preço, sem prejuízo de suas margens de lucro e rentabilidade. Na mesma comparação (dois anos) a diminuição de preço no diesel da Acelen foi de 13,1%, com o litro a R$ 3,7024 em 31 de dezembro último, e na refinaria do grupo Atem o recuo foi de 14,3%, com o diesel a R$ 4,1295", anotam Dieese e Fup.

A política do PPI, chamada de "abstração" pelo ex-presidente da estatal Jean Paul Prates foi oficialmente extinta em maio de 2023 pelo executivo. A decisão foi mantida sob a atual gestão de Magda Chambriard. O PPI levava em conta a cotação do petróleo e derivados no Golfo do México (EUA), além do dólar e de custos de frete que, de fato, nunca se aplicaram à estatal, com produção doméstica. Para além disso, Prates e Magda foram ajudados por uma queda sustentada no preço internacional do petróleo, que reduziu a pressão sobre a precificação da estatal, além da invasão do diesel russo no País com desconto ante o produto americano - isso rebaixou os preços do combustível importado e tem dado margem para a Petrobras represar preços sem grandes distorções na oferta ao mercado nacional.

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Com o fim do PPI na Petrobras, os concorrentes privados tiveram de adotar uma estratégia de preços entre a referência externa e o preço da estatal a fim de não perderem mercados para ela, como aconteceu nas franjas de estados do Nordeste, como a própria Bahia, onde prevalece o produto da Acelen por uma questão de proximidade logística.

Gasolina e GLP

O levantamento aponta o mesmo comportamento de queda, ainda que mais brando, para gasolina (-0,9%) e gás de cozinha, o GLP (-16,9%), da Petrobras no mesmo período.

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Essa redução dos preços da estatal para gasolina e GLP desde o fim do PPI contrasta com aumentos em refinarias privatizadas do antigo sistema da estatal, como Acelen, na Bahia, e Atem, em Manaus.

"O botijão de 13 quilos de GLP produzido pela Acelen ficou em R$ 55,8142, com alta de 2,6% em relação ao valor praticado em 31 de dezembro de 2022. Na gasolina, foi verificado o mesmo comportamento: na Acelen a gasolina subiu 0,3% no período e, na refinaria da Atem, aumentou 4,8%, ficando em R$ 3,7171", diz o documento.

Em nota, a FUP diz que a promessa de campanha do presidente Lula de "abrasileirar" os preços dos combustíveis foi cumprida pela Petrobras, que "freou a volatilidade do mercado", oferecendo preços mais baixos que há dois anos, quando prevalecia a "famigerada" política do PPI.

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