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Desinflação desacelerou e EUA já estão vendo efeitos de tarifas mais altas, diz diretora do Fed

A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Adriana Kugler, afirmou que o processo de desinflação desacelerou e que já é possível ver efeitos das tarifas mais altas, em discurso preparado para evento no Clube Econômico de Nova Yo

Isabella Pugliese Vellani (via Agência Estado)

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Escrito por Isabella Pugliese Vellani (via Agência Estado)
Publicado em 05.06.2025, 13:48:00 Editado em 05.06.2025, 13:53:45
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A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Adriana Kugler, afirmou que o processo de desinflação desacelerou e que já é possível ver efeitos das tarifas mais altas, em discurso preparado para evento no Clube Econômico de Nova York, nesta quinta-feira, 5. Segundo ela, as tarifas devem continuar a elevar a inflação ao longo de 2025 e, neste momento, há maiores riscos de alta para a inflação e potenciais riscos de baixa para o emprego e o crescimento da produção no futuro.

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"Isso me leva a continuar apoiando a manutenção da taxa básica de juros do FOMC Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês em sua configuração atual, caso os riscos de alta para a inflação persistam. Considero nossa postura atual de política monetária bem posicionada para quaisquer mudanças no ambiente macroeconômico", defendeu a diretora, ao mencionar que considera a atual postura "modestamente restritiva" e apropriada para atingir e sustentar uma inflação de 2% no longo prazo.

Ela citou ainda que o mercado de trabalho está atualmente próximo da meta de emprego máximo do FOMC, mas que existe a perspectiva de que mudanças nas políticas comerciais e outras políticas possam elevar a taxa de desemprego e afastar o emprego da meta do Fed. "Essas políticas, especialmente tarifas de importação mais altas, também podem elevar a inflação no restante deste ano", afirmou.

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Kugler adicionou que é observada uma escalada na inflação de bens e serviços, e dados de pesquisas apontam também para "algumas pressões inflacionárias".

Ela ressaltou que dados não tradicionais sobre a atividade econômica são consistentes com a avaliação geral de que pode estar acontecendo "alguma moderação" no crescimento da atividade econômica americana, mas ainda não uma desaceleração significativa. "À medida que as políticas sobre questões fiscais e imigração tomam forma, considero importante também levar em conta suas implicações para as perspectivas econômicas dos EUA", acrescentou.

Para a diretora do Fed, é difícil avaliar a força atual da atividade econômica, com base em dados dos primeiros quatro meses de 2025, principalmente devido à antecipação das importações antes da implementação de tarifas. "Embora o Produto Interno Bruto (PIB) real tenha diminuído ligeiramente no primeiro trimestre, isso se deveu em grande parte a um aumento nas importações antes dos aumentos tarifários previstos, um aumento que provavelmente será revertido", disse.

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