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Desemprego em baixa eleva taxas na sessão, mas curva perde inclinação na semana

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Os juros futuros negociados na B3 terminaram o pregão desta sexta-feira, 28, em alta, dia em que dados domésticos de desemprego abaixo do esperado foram o principal condutor dos negócios.

Após a divulgação, na abertura, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, as taxas curtas e intermediárias chegaram a registrar máximas intradia. O levantamento, embora não tenha mudado as apostas para cortes da Selic, mostrou recuo adicional da desocupação em outubro, reforçando a leitura de que o mercado de trabalho segue resiliente. Segundo Gean Lima, gestor de portfólio da Connex Capital, a curva a termo segue apontando cerca de 73% de chance de redução de 0,25 ponto da Selic em janeiro.

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Também houve ascensão da curva de títulos americanos na sessão, que operaram em horário reduzido na volta do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, celebrado ontem. Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subiu de 13,537% no ajuste anterior a 13,59%. O DI para janeiro de 2029 avançou de 12,71% no ajuste precedente para 12,74%. O DI para janeiro de 2031 oscilou a 12,990%, vindo de 12,996% no ajuste.

A taxa de desemprego no País caiu de 5,6% no trimestre móvel terminado em setembro para 5,4% em igual medida de outubro - piso das estimativas do Projeções Broadcast,sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, e novo recorde histórico de baixa da série do IBGE, iniciada em 2012. Segundo cálculos com ajuste sazonal do ASA, a desocupação ficou estável na margem, em 5,8%. Para o economista Leonardo Costa, os números reforçam que o mercado de trabalho continua em níveis muito apertados, mas há sinais incipientes de moderação, como a terceira queda consecutiva da população ocupada, também na série dessazonalizada.

Estrategista da Toro Investimentos, João Freitas ressalva que a sessão mais curta nos EUA retirou liquidez dos mercados de renda fixa locais. Feita essa ponderação, Freitas avalia que não só a Pnad mais forte que o previsto, mas também uma correção em relação ao otimismo observado nas últimas duas semanas explica a alta dos DIs nesta sexta.

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"O mercado voltou a apostar em corte de juros pelo Fed em dezembro, o que abre caminho para o BC ceder aqui também, por aliviar o câmbio", explica. Já por aqui, a despeito do desemprego nas mínimas históricas, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro frustrou as expectativas, ao indicar geração de 85 mil vagas formais, acrescenta. "A atividade está desacelerando e isso reforça o movimento de antecipação dos cortes, assim como o mercado externo."

No cômputo semanal, apesar da alta dos juros futuros de hoje e de falas avaliadas como duras do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento na quinta, a curva futura teve deslocamento para baixo, com perda de inclinação. Em relação a níveis de fechamento da sexta-feira anterior, a taxa projetada para janeiro de 2027 cedeu 2,5 pontos-base, enquanto os DIs para janeiro de 2029 e do primeiro mês de 2031 caíram 12,5 pontos-base e 19,5 pontos-base, respectivamente.

"Os dados divulgados, assim como o comportamento dos Treasuries na semana, contribuíram para o movimento", aponta a equipe econômica do Santander, destacando o IPCA-15 de novembro e o Caged. "No geral, vemos um cenário de atividade econômica compatível com uma perda gradual de ritmo ao longo do segundo semestre", afirmam os economistas.

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Em novembro, também houve recuo da curva e desinclinação. Ante as taxas de fim de outubro, houve redução de 25,5 pontos-base no DI para janeiro de 2027; de 33,5 pontos-base no DI para janeiro de 2029, e de 37 pontos-base no DI para janeiro de 2031.

"Toda a curva fechou, refletindo a visão de que o BC vai começar a cortar, assim como a redução pelo Fed em dezembro", diz Freitas, da Toro, para quem nem a Pnad, nem o discurso conservador de Galípolo diminuíram a probabilidade, ainda preponderante, de queda do juro básico em janeiro.

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