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Descolado do exterior, Ibovespa fecha em baixa de 0,24%, a 121,2 mil pontos

O Ibovespa perdeu a carona do exterior positivo nesta segunda-feira e fechou a sessão em baixa de 0,24%, aos 121.279,51pontos, com giro financeiro fraco, a R$ 21,8 bilhões no encerramento. Hoje, oscilou em margem estreita, dos 120.753,69 aos 121.570,09 en

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.04.2022, 18:13:00 Editado em 04.04.2022, 18:21:13
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O Ibovespa perdeu a carona do exterior positivo nesta segunda-feira e fechou a sessão em baixa de 0,24%, aos 121.279,51pontos, com giro financeiro fraco, a R$ 21,8 bilhões no encerramento. Hoje, oscilou em margem estreita, dos 120.753,69 aos 121.570,09 entre a mínima e a máxima do dia, saindo de abertura aos 121.569,05 pontos. Nestas duas primeiras sessões de abril, o Ibovespa acumula ganho de 1,07%, com alta no ano de 15,70%.

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Destaque nesta segunda-feira para avanço de 1,90% no Nasdaq e para recuperação parcial dos petróleos Brent e WTI, após terem cedido terreno em razão dos recentes anúncios de liberação de reservas estratégicas para compensar a escalada dos preços da commodity, em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

No fim de semana, a descoberta de covas coletivas e corpos de civis expostos em Bucha, nos arredores de Kiev, reforçou a pressão sobre a Rússia, com alegações de que suas tropas teriam cometido crimes de guerra. Nesta segunda, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que continuará a implantar novas restrições, o que contribuiu para alguma recuperação das cotações do petróleo.

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Aqui, apesar de retomada parcial dos preços da commodity, recolocando o barril do Brent acima de US$ 107, Petrobras (ON -1,02%, PN -0,94%) contribuiu, com as ações de grandes bancos (Unit do Santander -1,84%, Itaú PN -0,91%, BB ON -1,10%), para que o Ibovespa se descolasse do exterior positivo, bem como do câmbio favorável, com o dólar à vista em queda de 1,27%, a R$ 4,6081 no fechamento. O dólar "rompeu o suporte de R$ 4,770, mostrando continuação da tendência de baixa", aponta Pam Semezzato, analista técnica da Clear Corretora. Se der prosseguimento ao movimento de baixa, o "próximo suporte forte se encontra em R$ 4,50", acrescenta a analista.

Apesar do fortalecimento do real - indicativo de fluxo - e da recuperação do petróleo, as incertezas sobre a troca de comando na Petrobras mantiveram as ações da estatal no vermelho ao longo da sessão, limitando o ajuste à tarde, o que contribuiu para que o Ibovespa fechasse acima dos 121 mil pontos pelo segundo dia, ainda nos maiores níveis desde meados de agosto passado.

No fim de semana, Rodolfo Landim desistiu da indicação do governo para presidir o Conselho de Administração da Petrobras, e nesta segunda foi a vez de Adriano Pires, para a presidência executiva. Pires desistiu de assumir o cargo depois de o governo Bolsonaro receber informações de que o nome dele não passaria no "teste" de governança da empresa, segundo apurou o Broadcast.

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O problema central é o conflito de interesses, reportou de Brasília a jornalista Adriana Fernandes. Como sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pires tem contratos de longo prazo com petroleiras e empresas de gás, como a Cosan. Ele teria que abrir mão dos negócios. Segundo fontes, Pires achou que poderia transferir ao filho, o que não é permitido pelas regras de governança da estatal. Com o impedimento, ele decidiu abrir mão da Petrobras, mas a desistência ainda não foi confirmada oficialmente pelo governo. O Comitê de Pessoas da estatal deve se reunir na terça.

Emissários do governo fazem sondagens junto a investidores destacados do setor de petróleo sobre novos nomes para o comando da empresa e do seu Conselho de Administração, segundo apurou o Broadcast.

Apesar do apetite por risco visto nesta segunda-feira tanto nos Estados Unidos como na Europa, a inversão dos rendimentos dos títulos americanos de 2 anos e dos de 10 anos, e mesmo em relação a mais longos, de 30 anos, sugere cautela e risco de recessão, em cenário de provável elevação da taxa de juros de referência nos EUA além do que o mercado precificava inicialmente, no atual ciclo de restrição da política monetária.

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"Mesmo que por um breve momento, a curva de juros trouxe mais um sinal de que uma recessão pode estar no horizonte para os EUA, com os rendimentos dos títulos de 2 anos superando o rendimento dos títulos de 30 pela primeira vez desde 2007, frente a expectativa cada vez maior de que o Fed irá acelerar o ritmo de alta dos juros em maio", observa em nota a Guide Investimentos. Além disso, "em meio à divulgação recente de uma série de dados mais fracos de atividade no país, a China anunciou a instauração de um lockdown completo em Xangai, fato que tem contribuído para limitar as altas dos preços das commodities", acrescenta.

Assim, o desempenho do setor de mineração e siderurgia foi misto nesta segunda-feira, com Vale ON em alta de 1,01%, Usiminas PNA, de 1,96%, e perdas de 1,57% para Gerdau PN e de 0,82% para Gerdau Metalúrgica. CCR puxou a fila das maiores perdas na sessão, em baixa de 3,09%, à frente de Qualicorp (-2,89%). Na ponta oposta, Minerva (+3,05%), Carrefour (+2,84%), Marfrig (+2,77%) e Positivo (+2,35%).

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