Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Madis Müller afirma que a desaceleração inflacionária na zona do euro "aumenta a probabilidade de que na reunião do início de junho" do BCE "já seja a hora certa de cortar as taxas de juros". Na avaliação dele, houve pouca surpresa na perspectiva para a economia da região desde a reunião anterior do conselho do BCE, no início de março, o que já pode em si ser considerado positivo, pela ausência de sobressaltos e a sinalização de que as projeções se saem bem.
As reflexões estão em texto publicado no blog do site do BC da Estônia, presidido por Müller.
Para ele, as altas nos preços continuam a desacelerar e há "mais e mais sinais" de que a economia da zona do euro como um todo ganha vitalidade.
O dirigente pondera que, antes de cortar juros, o BCE deseja ter mais confirmação de que o avanço nos preços dos serviços e as altas nos salários estão em tendência de baixa e que ela prosseguirá. Ao mesmo tempo, ele diz que não se surpreenderia se em alguns meses houvesse uma aceleração temporária na inflação, na comparação anual.
A economia da zona do euro como um todo "ainda está em um estado frágil no primeiro trimestre", mas há perspectiva de gradual recuperação, considera ele.
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