MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Demanda no mercado de trabalho nos EUA está muito forte, diz presidente do Fed

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira, 8, que a demanda no mercado de trabalho dos Estados Unidos ainda está "forte, muito forte". Para exemplificar, mencionou que o país ainda es

Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)

·
Escrito por Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)
Publicado em 08.09.2022, 13:43:00 Editado em 08.09.2022, 13:47:23
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta quinta-feira, 8, que a demanda no mercado de trabalho dos Estados Unidos ainda está "forte, muito forte". Para exemplificar, mencionou que o país ainda está criando novos empregos em um "ritmo alto" e que os salários também seguem em um "patamar elevado".

continua após publicidade

Na semana passada, o relatório de trabalho nos EUA, o chamado payroll, apontou para a criação de 315 mil empregos em agosto no País, ante uma expectativa de mediana de 300 mil vagas, conforme o Projeções Broadcast.

O foco do Fed, disse Powell, por meio das elevações de juros para controlar a inflação, é fazer com que o mercado de trabalho norte-americano retome um "melhor equilíbrio" e que os salários sejam compatíveis à uma inflação de 2% ao ano.

continua após publicidade

"Por meio de nossas intervenções, o que esperamos alcançar é um período de crescimento abaixo da tendência, o que fará com que o mercado de trabalho volte a um melhor equilíbrio, e que traga os salários de volta aos níveis que são mais consistentes com uma inflação de 2% ao longo do tempo", disse ele, durante participação na 40ª Conferência Anual Monetária do Cato Institute.

Powell afirmou ainda que o choque na oferta de mão de obra durante a pandemia foi "grande e inesperado" e "infelizmente persistente". Ao comentar sobre o último payroll, disse que houve um aumento bem-vindo na participação da força de trabalho. "No entanto, ainda está um ponto porcentual abaixo de onde estava antes da crise", acrescentou.

Por fim, o presidente do Fed afirmou que é importante que os EUA como sociedade tenha medidas em vigor para apoiar um mercado de trabalho forte e uma alta participação da força de trabalho que vá além do que é possível fazer com a política monetária.

continua após publicidade

Balanço de ativos

Ao comentar sobre o balanço de ativos do Federal Reserve, engordado durante a pandemia, o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, afirmou que o plano para o seu enxugamento, iniciado em junho, pode ser revisto se necessário.

A cifra foi quadruplicada após a crise financeira de 2008 e, novamente, dobrou de tamanho durante a turbulência gerada pela covid-19, segundo ele. "Como parte de nossa resposta à pandemia, recorremos a grandes compras de ativos para resolver o que eram interrupções bastante graves nos mercados e também para apoiar a economia, e o nosso balanço se expandiu drasticamente", lembrou.

continua após publicidade

Depois de começar a reduzi-lo em junho, o Fed deve elevar a desova de ativos de seu balanço neste mês. "Uma coisa que sempre dizemos é que estamos preparados para ajustar os detalhes do plano com base nos desenvolvimentos econômicos e de mercado a qualquer momento, tanto quanto retornar a um regime de reservas escassas", explicou.

Powell disse, porém, que não vê razão para voltar às reservas escassas. Esse quadro seria mais desafiador no contexto atual, conforme ele, porque o mundo realmente mudou como resultado da crise financeira global e da pandemia. "Os bancos centrais podem precisar voltar a comprar ativos em grande escala de tempos em tempos, em resposta a choques severos", afirmou, alegando que o sistema atual é líquido e funciona bem.

Política fiscal

O presidente do Federal Reserve enfatizou a importância de os Estados Unidos retomarem uma rota sustentável de sua política fiscal. Na sua visão, ela está fora do eixo há tempos e a pandemia mostrou que é necessário manter as contas públicas em ordem. "A política fiscal (dos EUA) não está em um caminho sustentável, e realmente não está há algum tempo. E precisaremos voltar a um caminho sustentável mais cedo ou mais tarde", disse. "Mais cedo é melhor do que tarde", acrescentou.

Ele ponderou, entretanto, que a política fiscal é de responsabilidade do Congresso e que não seria apropriado comentar muito sobre propostas ou leis específicas.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Demanda no mercado de trabalho nos EUA está muito forte, diz presidente do Fed"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!