A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estima no relatório Perspectiva Mundial de Petróleo 2024 que a demanda por fontes de energia deverá crescer até a metade do século, com exceção para o carvão mineral. "É esperado que a maior expansão virá de (fontes) renováveis, principalmente eólica e solar, com aumento próximo de 43 milhões de barris equivalente por dia, de 9,6 milhões de barris equivalente por dia em 2023 para 52,4 milhões de barris equivalente por dia em 2050."
Na sequência, ocorrerá o aumento da procura por gás natural, que passará de 69,1 milhões de barris equivalente por dia em 2023 para 89,6 milhões de barris equivalente em 2050. Para o mesmo período, a demanda para energia nuclear deverá subir de 14,8 milhões de barris equivalente por dia para 24,3 milhões de barris equivalente por dia, enquanto que para biomassa deverá ter uma elevação de 29,1 milhões de barris equivalente por dia para 37,4 milhões de barris equivalente por dia. A demanda por energia hidrelétrica subirá de 7,6 milhões de barris equivalente por dia em 2023 para 11,6 milhões de barris equivalente por dia em 2050. Por outro lado, a procura por carvão mineral baixará de 78 milhões de barris equivalente por dia em 2023 para 49,1 milhões de barris equivalente por dia em 2050.
Segundo a Opep, a participação do petróleo na demanda mundial das principais fontes de energia baixará de 30,9% em 2023 para 29,3% em 2050, enquanto ocorrerá uma elevação da procura por gás natural, de 23,0% para 24,0% no período. "Petróleo e gás continuarão cruciais para a oferta de energia no período até 2050." A participação combinada destes dois combustíveis no mix total de energia deve continuar superior a 53% durante todo este intervalo de tempo.
A oferta total de combustíveis líquidos pelos países não alinhados à Opep deve subir de 51,7 milhões de barris por dia em 2023 para 58,8 milhões de barris por dia em 2029. Deste grupo, a maior expansão virá dos EUA, com uma alta de 20,9 milhões de barris por dia para 23,2 milhões de barris por dia, um aumento de 2,3 milhões de barris por dia no período. Neste mesmo intervalo de tempo, o Brasil registrará o segundo maior salto, de 1 milhão de barris por dia, seguido pelo Canadá, com 600 mil barris por dia, Argentina, com 300 mil barris por dia, e Noruega, com 200 mil barris por dia.
De acordo com o relatório, o setor de petróleo precisará de investimentos totais de US$ 17,4 trilhões de 2024 até 2050 para atender a expansão da demanda mundial neste período. A maior parte será requerida na área de upstream, com um total necessário de US$ 14,2 trilhões, sendo que downstream demandará US$ 1,9 trilhão e midstream US$ 1,3 trilhão.
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