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Custos e riscos põem indústria na defensiva

Luiz Ribas Júnior, da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Calçados (Assintecal), avalia que, se o ambiente de negócios fosse mais favorável, é possível que estivessem em andamento ações mais coordenadas no setor para nacionalização de in

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.09.2021, 17:05:00 Editado em 19.09.2021, 17:12:08
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Luiz Ribas Júnior, da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Calçados (Assintecal), avalia que, se o ambiente de negócios fosse mais favorável, é possível que estivessem em andamento ações mais coordenadas no setor para nacionalização de insumos.

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Ele avalia que isso ocorrerá se, em até dois anos, os preços do frete e a dificuldade de transporte se mantiverem nos níveis atuais. Contratar um contêiner custa, em média, US$ 10 mil, quatro vezes mais do que antes da pandemia. Ribas diz acreditar, contudo, que os custos devem baixar, mas não vão retornar aos preços anteriores.

O setor de componentes para calçados, com 2,4 mil empresas, importa basicamente insumos químicos como resinas de PVC, em sua maioria da China. A Assintecal e outras associações discutem com o governo medidas como a redução de tarifas de importação.

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Ribas vê oportunidades para o Brasil exportar mais para a América do Sul. O País concorre com a China, mas com os custos altos e a demora nas entregas pode ser uma alternativa na região. Ao menos o tempo de entrega é menor. Além disso, o setor trabalha com alternativas sustentáveis ao insumo importado, como fibras da folha de abacaxi, poliamidas biodegradáveis e fios de garrafa PET reciclados.

Já há maior procura pelo produto nacional. Até agosto, as exportações para a região cresceram 44% ante igual período de 2020, para US$ 65,4 milhões.

Segundo o vice-presidente de Economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan, os poucos itens importados pelo setor, como esmalte para cerâmicas e dióxido de titânio para tintas, demoram mais a chegar, mas são de difícil nacionalização. Ele cita a cerâmica, que pode levar de 90 a 120 dias para ser entregue, quando o normal seria 30 dias. Há dificuldades também com louças, metais sanitários, vidros e madeira. "E os preços subiram uma barbaridade, assim como o dólar."

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Zaidan diz que os atrasos na entrega estão ligados também à desorganização do setor produtivo local. De 2017 a 2020, a indústria da construção viu seu PIB reduzir em um terço, impactando investimentos em capacidade produtiva. A demora na reforma tributária é outro problema. "Que empresário vai fazer investimentos sem saber quanto vai pagar de imposto quando maturar esse investimento?"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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