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Curva de juros fecha após produção industrial abaixo do esperado e com queda do dólar

A produção industrial abaixo do esperado reforçou a tese de que a economia brasileira está passando por um processo de desaceleração, o que apoia o fechamento da curva de juros nesta terça-feira. O enfraquecimento do dólar, após Ontário suspender sobretax

Caroline Aragaki (via Agência Estado)

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Escrito por Caroline Aragaki (via Agência Estado)
Publicado em 11.03.2025, 17:46:00 Editado em 11.03.2025, 17:54:01
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A produção industrial abaixo do esperado reforçou a tese de que a economia brasileira está passando por um processo de desaceleração, o que apoia o fechamento da curva de juros nesta terça-feira. O enfraquecimento do dólar, após Ontário suspender sobretaxa em eletricidade aos Estados Unidos, e o leilão do Tesouro com lote e risco menor para o mercado também contribuíram para o alívio.

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Por volta das 17h15, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 recuava para 14,715%, de 14,799% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 cedia para 14,540%, de 14,704%, e o para janeiro de 2029 caía para 14,485%, de 14,699% no ajuste da segunda-feira.

"Hoje saíram dados de produção industrial do Brasil, abaixo das estimativas. Há algumas semanas, boa parte dos dados de atividade têm surpreendido para baixo, então, com sinais mais claros de desaceleração econômica, as taxas de juros acabam caindo", afirma o estrategista-chefe da Constância Investimentos, Carlos Eduardo Mello e Paiva.

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A produção industrial ficou estável em janeiro ante dezembro, abaixo da mediana do Projeções Broadcast de aumento de 0,4%. Na comparação com janeiro de 2024, o indicador subiu 1,4%, também abaixo da mediana de 2,0%.

Monitorando os dados mais fracos de atividade, o mercado volta a discutir até que nível o Banco Central (BC) pode subir a taxa Selic, segundo o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa. "A curva de juros precifica Selic terminal em torno de 15%, em alguns momentos da sessão de hoje foi até um pouco abaixo", comenta.

No ramo de tarifas, que têm sido um ponto de incerteza para os mercados globais, destaque para o recuo da província de Ontário de aplicar a sobretaxa de 25% em eletricidade aos Estados Unidos. Em seguida, o governo dos EUA disse que não aplicará a tarifa de 50% em aço e alumínio do Canadá na quarta-feira. "Então houve um canal de alívio na aversão a risco lá fora, e com o real apreciando, os juros acabaram respondendo e também caíram um pouco mais", comenta Costa, da Monte Bravo.

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A divisa norte-americana fechou com queda de 0,69%, a R$ 5,81. "O dólar é uma variável muito importante para o cenário do BC. Embora a inflação corrente ainda esteja muito alta, a inflação que o BC mira é a de 18 meses, e esta é influenciada pelo dólar", afirma Mello e Paiva, da Constância.

Na quarta-feira, o mercado deve acompanhar na lupa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro, que deve acelerar a 1,32% após alta de 0,16% em janeiro, segundo mediana do Projeções Broadcast na pesquisa com analistas do mercado financeiro.

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