O bitcoin avançava moderadamente no final da tarde, em recuperação após ter reagido em baixa à aceleração da inflação ao consumidor nos Estados Unidos. O resultado adiou de junho para setembro a aposta do mercado em corte de juros do Federal Reserve (Fed), o que induziu cautela generalizada nas mesas de operações.
Pouco depois das 16h (de Brasília), o bitcoin subia 0,71%, a US$ 69.327,37, mas o ethereum caía 0,70%, a US$ 3.481,65, de acordo com a Binance.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acelerou à taxa anual de 3,5% em março, conforme informou o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos hoje. Após o dado, o mercado adotou postura mais conservadora nas expectativas pelos próximos passos da política monetária americana.
A curva futura agora precifica chance mais forte de o Fed promover apenas um corte de 25 pontos-base nos juros básicos este ano, de acordo com a plataforma de monitoramento do CME Group. Há não mais que uma semana, o cenário mais provável ainda era o de ocorrer uma redução acumulada de 75 pontos-base em 2024, o equivalente a três reduções de 0,25 ponto porcentual.
A reavaliação deflagrou uma aversão ao risco em Wall Street, que se transmitiu aos ativos digitais. No entanto, o movimento no universo de cripto se estabilizou nas horas seguintes, diante de ajustes após a forte baixa da véspera.
O Julius Baer avalia que os preços dos criptoativos podem ficar vulneráveis no curto prazo, em meio a uma deterioração das métricas de liquidez em dólar. "Dito isto, a médio e longo prazo, acreditamos que o desequilíbrio entre a oferta e a demanda continuará a impulsionar os preços, em particular após o halving", afirma o banco, em referência ao fenômeno no qual a remuneração pela mineração do bitcoin será cortada à metade.
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