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Crescimento tímido do ITE/Facamp em agosto revela cenário de estagnação na indústria

O Índice de Tendência Econômica da FACAMP (ITE/FACAMP) cresceu 0,04 na passagem de julho para agosto de 2023, já descontados os efeitos sazonais. O crescimento tímido do índice na margem sugere certa estagnação da indústria, que possui peso significativo

(via Agência Estado)

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Escrito por (via Agência Estado)
Publicado em 16.10.2023, 20:40:00 Editado em 16.10.2023, 20:46:49
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O Índice de Tendência Econômica da FACAMP (ITE/FACAMP) cresceu 0,04 na passagem de julho para agosto de 2023, já descontados os efeitos sazonais. O crescimento tímido do índice na margem sugere certa estagnação da indústria, que possui peso significativo na composição do ITE. Esse diagnóstico é reforçado pelo comportamento da média móvel trimestral e do acumulado em 12 meses.

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A estagnação da indústria no período é justificada pelo desempenho negativo, na margem, da indústria extrativa, responsável por grande parte dos resultados positivos da indústria no ano, dado o comportamento errático da indústria da transformação. Apesar do forte crescimento da indústria extrativa no ano (5,7% de crescimento acumulado nos oito primeiros meses de 2023), sua dinâmica é condicionada pelo comportamento dos preços das commodities (principalmente petróleo e minério de ferro) e pela demanda global. Assim, o maior peso da indústria extrativa na produção industrial total, torna o setor mais dependente do desempenho de tais variáveis. A indústria da transformação, por sua vez, segue com um comportamento oscilante, especialmente a produção de veículos e de máquinas e equipamentos. A indústria da construção civil vem se recuperando, porém ainda abaixo dos resultados registrados no ano anterior.

"As dificuldades enfrentadas pela indústria reflete, de maneira geral, os efeitos defasados dos juros altos e das incertezas ainda elevadas para 2024, apesar da recuperação do mercado de trabalho", afirma o Professor Saulo Abouchedid, da Facamp. Tais dificuldades só não se disseminam sobre o restante da atividade econômica, por conta da recuperação da renda e do emprego proporcionada pelo bom desempenho do varejo e do setor de serviços.

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Neste contexto, o desafio para os próximos trimestres é que a queda dos juros seja cada vez mais articulada com outros fatores, como os investimentos em infraestrutura (que estão presentes no PAC 3) e em construção civil (no âmbito do Minha Casa, Minha Vida) e uma recuperação mais acelerada do rendimento do trabalho. "Tal articulação ampliaria o horizonte (e o otimismo) dos empresários, dando mais fôlego ao crescimento", pontua o professor da Facamp Rodrigo Sabbatini.

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