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Crescimento do crédito deve desacelerar em fevereiro, mostra pesquisa da Febraban

O crescimento do crédito no Brasil deve desacelerar em fevereiro, com crescimento de 12,9% em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em janeiro, o crescimento ficou em 13,6%

Matheus Piovesana (via Agência Estado)

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Escrito por Matheus Piovesana (via Agência Estado)
Publicado em 24.03.2023, 10:42:00 Editado em 24.03.2023, 10:46:39
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O crescimento do crédito no Brasil deve desacelerar em fevereiro, com crescimento de 12,9% em relação ao mesmo mês de 2022, de acordo com a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em janeiro, o crescimento ficou em 13,6%, também no comparativo anual; a variação indica uma acomodação, na visão da entidade.

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Em relação a janeiro deste ano, o saldo de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) deve ficar em 0,3%, segundo a pesquisa. O arrefecimento da atividade econômica, a alta na inadimplência, os juros altos e o caso Americanas devem pressionar o crescimento da carteira, ainda de acordo com a Febraban.

Entre fevereiro de 2022 e o mesmo mês deste ano, a maior alta deve ser nas carteiras de crédito com recursos direcionados, em que a projeção é de alta de 14,2%. No crédito com recursos livres, a projeção do setor é de crescimento de 12%. O mesmo descompasso deve ser observado entre janeiro e fevereiro, com alta de 0,6% no crédito direcionado, e de 0,1% no livre.

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Entre as empresas, a carteira direcionada deve ter melhor desempenho no comparativo anual, com alta de 7,9%, enquanto a carteira com recursos livres deve crescer 6,4%, abaixo dos 8,1% de janeiro. Os empréstimos sem direcionamento devem ser os mais afetados pelo caso Americanas, em especial nas linhas de desconto de recebíveis, segundo análise da Febraban.

No caso do segmento de pessoas físicas, a entidade destaca que o melhor desempenho anual deve vir da carteira direcionada, com alta de 17,7%, diante do bom desempenho do crédito rural e da resiliência do crédito imobiliário, mesmo diante da alta dos juros que eleva as taxas cobradas dos tomadores.

Ao todo, o crédito para pessoas físicas deve se expandir 0,2% em um mês, e 17,1% em um ano. O crédito para empresas, por sua vez, deve crescer 0,4% e 7%, respectivamente.

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Concessões

As concessões de crédito devem cair 8,6% entre janeiro e fevereiro, ou 5,8% se feita a média de concessões por dia útil. Em 12 meses, a expectativa é de um crescimento da ordem de 17,2%, puxado pelo crédito para pessoas físicas (+19,1%).

Segundo a federação, o crescimento da média de concessões por dia útil em fevereiro ante janeiro é menor que o visto nos meses de fevereiro da série histórica. Deste modo, os números do Banco Central com ajuste sazonal devem vir próximos da estabilidade ou ligeiramente negativos.

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Na visão da entidade, isso mostra que a pesquisa não capturou uma restrição grande nas concessões, mesmo com o efeito do caso Americanas e com a desaceleração da economia do País no período.

A pesquisa da Febraban leva em conta os dados dos principais bancos do País, e serve como uma espécie de prévia da Nota de Crédito do Banco Central. A Nota de fevereiro será conhecida na próxima semana.

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