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Crédito aperta por política monetária, mas estresse bancário está mais contido, avalia FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que, após os temores sobre o setor bancário ocorridos em março de 2023, quando houve a quebra de bancos menores nos Estados Unidos, como o Silicon Valley Bank (SVB), e a operação na Suíça que envolveu o Credit

Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)

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Escrito por Gabriel Bueno da Costa (via Agência Estado)
Publicado em 10.10.2023, 08:41:00 Editado em 10.10.2023, 14:10:57
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que, após os temores sobre o setor bancário ocorridos em março de 2023, quando houve a quebra de bancos menores nos Estados Unidos, como o Silicon Valley Bank (SVB), e a operação na Suíça que envolveu o Credit Suisse, comprado pelo UBS, o quadro parece agora mais contido. Em seu relatório Perspectiva Econômica Mundial, o Fundo lembra que as altas de juros na política monetária resultam em aperto no crédito.

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Segundo o FMI, a ação das autoridades americanas e suíças foi "rápida" nos dois casos, para conter os problemas no setor bancário. Agora, o Fundo lembra que houve altas nos juros nas economias avançadas nos últimos 18 meses, diante das pressões inflacionárias, o aperto na política monetária para além das taxas neutras, o que "deve perdurar bem entrado o ano de 2025", estima.

O FMI diz que os sinais do aperto na política monetária já começaram a atuar pelo sistema financeiro. Pesquisas nos EUA e na Europa registram que os bancos restringiram o crédito "de modo considerável" no último ano, o que deve continuar a ocorrer nos próximos meses. "E há também sinais claros de que as condições mais apertadas no crédito cada vez mais afetam a atividade real."

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Nas economias avançadas, houve queda na demanda por crédito e investimento no primeiro semestre do ano, o que reflete a oferta mais apertada, bem como a demanda mais fraca por crédito, com muitas empresas começando a desalavancar em resposta aos juros mais elevados e à produção acima da capacidade.

Os juros mais altos devem elevar a pressão sobre os bancos nas maiores economias, direta (com custos mais altos para financiamento) e indiretamente (com a piora na qualidade do crédito), projeta o FMI. Os mercados imobiliários já têm reagido, com os preços de moradia desacelerando ou mesmo caindo, desde o início do ciclo de aperto em vários países. As taxas de falência têm aumentado em algumas economias, em alta de 20% nos EUA ao longo do último ano, conforme medidas da época da pandemia são retiradas.

O FMI ainda comenta que o número de falências segue abaixo do quadro anterior à pandemia em vários países, "mas está subindo rapidamente". Os mercados de dívida, por sua vez, já refletem a política monetária mais apertada, mas nos países com risco considerado mais baixo o quadro tem ficado "mais ou menos constante"."Isso sugere que, embora as condições de crédito tenham apertado de modo significativo, não há indicação imediata de uma crise de crédito", avalia.

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