A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 19, trouxe que houve uma elevação do impacto inflacionário do El Niño sobre os alimentos, mas o colegiado avaliou que a dinâmica desinflacionária não divergiu significativamente do que era esperado, considerando a evolução benigna do cenário corrente de inflação e o esgotamento de algumas fontes que contribuíram para o primeiro estágio da desinflação.
" O Comitê, após acumular mais evidência, elevou um pouco o impacto inflacionário do fenômeno climático do El Niño sobre a inflação de alimentos. Ao fim, concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária contracionista e cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária", pontuou o documento.
O colegiado ainda destacou que notou alguma surpresa para baixo no componente de serviços subjacentes. Isso motivou um debate sobre as razões para este resultado e foram enumerados fatores como a normalização de preços relativos, o impacto inercial da inflação cheia, o comportamento benigno de salários, o movimento mais acentuado dos choques primários de commodities e alimentação e os impactos defasados da política monetária.
O Copom ainda avaliou que a evolução prospectiva do hiato do produto e o comportamento do mercado de trabalho foram considerados muito relevantes para determinar a velocidade com que a inflação atingirá a meta.
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