O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan, afirmou que o consumo dos lares brasileiros tem crescido de forma positiva e contínua. Segundo ele, houve um aumento "bastante representativo", de 2,89%, em outubro de 2023 em relação a setembro. Isso fez com que o acumulado do ano até agora seja de alta de 2,64%, acima da expectativa da entidade, de 2,5%. Na comparação anual, de outubro de 2023 com outubro de 2022, a variação é menor, de 0,61%. "O consumo vem escalando de forma contínua e positiva e, no acumulado de janeiro a outubro, está acima de nossa projeção. A tendência é de crescimento um pouco mais acima, em novembro e dezembro", afirmou nesta quinta-feira Milan, em coletiva de imprensa. Ele também ressaltou que outubro de 2022 teve uma base comparativa forte, de alta de 3,02% no consumo. Para o vice-presidente da Abras, alguns dos fatores que influenciaram a alta no consumo foram programas de transferência de renda do governo, como o Bolsa Família e o Auxílio Gás. Também contribuíram para o indicador os lotes residuais da restituição do imposto de renda e pagamentos a beneficiários do INSS, além da queda na taxa de desemprego.
Milan ainda disse que os supermercadistas abriram 573 lojas de janeiro a novembro, sendo 306 novas lojas e 267 reinauguradas. Das novas lojas, 185 foram supermercados e 121 foram atacarejos.
AbrasmercadoO Indicador Abrasmercado, cesta dos 35 produtos de largo consumo nos supermercados monitorado pela Abras teve queda de 5,08% em outubro deste ano, na comparação com o mês de 2022. No acumulado de 2023, o recuo é de 6,4%. Na comparação mensal, de outubro com setembro de 2023, houve alta de 0,1%. Os produtos que tiveram as maiores quedas de preço no mês foram o leite longa vida (-5,48%), feijão (-4,67%), sal (-3,78%), óleo de soja (-1,77%) e café torrado e moído (-1,23%). Já os que tiveram maior alta foram: batata (11,23%), cebola (8,46%), arroz (2,99%), açúcar refinado (1,88%) e cerveja (1,8%). O Sul do Brasil foi a região que teve maior queda, de 1,07%. Já o Sudeste registrou o maior crescimento, de 0,45%. O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.
Na pesquisa da Abras da cesta básica de 12 produtos essenciais (açúcar, arroz, café moído, carne, farinha de mandioca, farinha de trigo, feijão, leite longa vida, margarina, massa, óleo de soja e queijo), houve recuo de 1,01% na comparação mensal e de 7,35% no acumulado do ano. Outubro é o sexto mês consecutivo de queda, de 7,34% na comparação com o mesmo período do ano passado, saindo de R$ 319,57 para R$ 296,09.
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