O consumo alcançou novo pico histórico no País no terceiro trimestre deste ano. Tanto o consumo das famílias quanto o consumo do governo atingiram níveis recordes, segundo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Consumo das Famílias aumentou 1,1% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo trimestre deste ano, e o consumo do governo cresceu 0,5%.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o avanço no consumo das famílias é impulsionado, principalmente, pelos programas governamentais de transferência de renda e pela manutenção da trajetória de melhora do mercado de trabalho.
"Muito influenciado pelas transferências de renda do governo, e a continuação da melhoria das condições do mercado de trabalho", frisou Palis.
A desaceleração da inflação e o crescimento do crédito também contribuem positivamente. Palis lembra que a desaceleração da inflação ajuda a aumentar a massa salarial real em circulação na economia.
Por outro lado, embora o Comitê de Política Monetária do Banco Central tenha iniciado o ciclo de afrouxamento monetário, os "juros continuam elevados", levando a uma queda no consumo de bens duráveis. O alto nível de endividamento das famílias também pesa negativamente.
"O que puxa ainda para baixo o consumo das famílias é o endividamento elevado. Vamos ver como vai ficar com o Desenrola (programa de renegociação de dívidas)", acrescentou Palis.
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