A indústria da construção abriu 27,9 mil postos de trabalho com carteira assinada no País em maio. Com isso, o total de pessoas empregadas no setor aumentou 1,10% em relação a abril, chegando a 2,569 milhões.
Em maio, a construção foi o segundo setor que mais gerou novos empregos, atrás de serviços (83,9 mil) e na frente da agropecuária (19,5 mil), do comércio (15,4 mil) e da indústria (8,4 mil).
O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira, 30, pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) a partir de dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Com esse desempenho, a indústria da construção respondeu por 18% do número total de empregos gerados no País (saldo entre admissões e demissões) em maio. Ao todo, a economia brasileira teve 155 mil novas vagas no mês.
Nos primeiros cinco meses deste ano, foram 148.630 contratações na indústria da construção, o equivalente a um avanço de 6,14% sobre o contingente de trabalhadores registrado em dezembro. E no acumulado de 12 meses até maio, a construção gerou 186.542 novos empregos, expansão de 7,83%.
Apesar dos resultados positivos até aqui, o setor acredita em um desaceleração nos próximos meses, devido à redução dos lançamentos de novos empreendimentos imobiliários e, consequentemente, de novos canteiros. Além disso, o setor de infraestrutura ainda tem visto queda na abertura de novas obras.
Uma reversão desse quadro deve acontecer só mais à frente. "Com as últimas medidas positivas do Conselho Curador do FGTS e do Ministério das Cidades, e a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida, esperamos que os lançamentos voltem a crescer, porém isto somente se refletirá em obras e, portanto, crescimento do emprego em 2024", estimou o presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, em nota.
Do total de vagas abertas pela construção em maio, 4.461 foram no Estado de São Paulo. Na sequência vieram Minas Gerais (7.555), Pará (2.936), Paraná (2.297), Rio de Janeiro (2.126), Ceará (1.351) e Mato Grosso (1.009). Já os Estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Acre e Roraima registraram quedas, segundo o levantamento do sindicato.
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