Ao reduzir a Selic pela terceira vez seguida em 0,50 ponto porcentual, para 12,25% ao ano, e sinalizar a continuidade desse ritmo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, alertou que a conjuntura atual, em particular devido ao cenário internacional, "é mais incerta do que o usual" e exige cautela na atuação do colegiado.
Apesar do recado, o Copom manteve inalterado o seu balanço de riscos, com destaque para apenas dois fatores em cada direção. Entre os riscos de alta para a inflação seguem uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado.
Já entre os riscos de baixa para a inflação, continuam uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.
Apesar de todo o debate sobre manutenção da meta de resultado primário zero em 2024 desde as declarações pessimistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira, 27, o colegiado manteve inalterado o seu alerta sobre a importância de se buscar o objetivo aprovado no novo arcabouço fiscal, repetindo o parágrafo que já constava no comunicado da reunião de setembro.
"Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas", repetiu o Copom.
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