Os legisladores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos devem tomar uma série de medidas nesta semana para conter e combater a influência e poder da China no país. Dentre os projetos de lei, estão a redução da dependência americana em empresas de biotecnologia chinesas e a proibição de veículos elétricos e drones chineses. Se aprovadas, as medidas precisam também serem aprovadas pelo Senado.
Muitos dos projetos de lei programados para votação nesta semana parecem ter o apoio bipartidário de republicanos e democratas, refletindo o forte consenso de que as ações do Congresso são necessárias para combater a China.
Os Estados Unidos veem a China como um grande rival geopolítico, e o objetivo dessas medidas é garantir que o país prevaleça na competição, já que tomará "medidas significativas para combater a ameaça militar, econômica e ideológica comunista", segundo o deputado republicano John Moolenaar. Moolenar é o chefe do comitê da Câmara dos Representantes sobre o Partido Comunista da China.
Em nota, a Embaixada Chinesa em Washington criticou a iniciativa do Congresso e afirmou que, se aprovados, os projetos de lei "causarão séria interferência nas relações China-EUA, prejudicando inevitavelmente os próprios interesses, imagem e credibilidade americanos".
Uma das legislações proibiria um grupo de cinco empresas de biotecnologia chinesas de cooperar com empresas americanas que recebem recursos federais, incluindo instituições que pesquisam causas genéticas para câncer e inovações para medicamentos. Outra cortaria a comercialização de drones produzidos pela chinesa DJI nas linhas de comunicação dos EUA e ampliaria investigações sobre "esforços de espionagem da China para roubar propriedade intelectual".
O Congresso dos EUA também discutirá ampliação de restrições para vendas de terras agrícolas para a China, sob temores de que a detenção dessas terras por empresários chineses possa ameaçar a "segurança alimentar nacional" americana. Fonte: Associated Press
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