O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 1,1 ponto em novembro ante outubro, a terceira queda consecutiva, para 91,8 pontos, informou nesta sexta-feira, 1, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 1,0 ponto em novembro.
"A confiança empresarial seguiu em novembro o roteiro dos dois meses anteriores, com uma ligeira melhora das avaliações sobre a situação presente e uma piora mais acentuada das expectativas em relação aos meses seguintes. Esta combinação de resultados sugere que os segmentos cíclicos da economia, responsáveis por cerca de 2/3 do PIB, seguem apresentando um ritmo morno de atividade no quarto trimestre e estão preocupados com as perspectivas da economia para o primeiro trimestre de 2024. Pelo lado positivo, a confiança industrial subiu pela primeira vez no segundo semestre e o setor da Construção mostra uma relativa resiliência, influenciado pela sustentação do otimismo no segmento de obras de infraestrutura", avaliou Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
A queda do Índice de Confiança Empresarial em novembro foi consequência exclusivamente da deterioração das expectativas. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,7 ponto em novembro ante outubro, para 95,5 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 1,4 ponto, para 88,2 pontos, acumulando uma perda de 7,0 pontos desde agosto. O componente de tendência dos negócios seis meses à frente ficou estável em 89,0 pontos, e o de emprego previsto também mostrou estabilidade em 94,5 pontos. Já o item que avalia a demanda prevista recuou 1,0 ponto, para 88,6 pontos, o menor patamar desde janeiro deste ano.
Na passagem de outubro para novembro, a confiança dos serviços caiu 0,9 ponto, para 94,4 pontos; a do comércio diminuiu 2,7 pontos, para 86,5 pontos; a da indústria teve elevação de 1,9 ponto, para 92,7 pontos; e a construção encolheu 0,1 ponto, para 96,2 pontos.
Em novembro, a confiança avançou em 47% dos 49 segmentos integrantes do ICE.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.835 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 27 de novembro.
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