A confiança do consumidor subiu 0,2 ponto em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou nesta segunda-feira, 25, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou 97,0 pontos, mesmo nível de fevereiro de 2014. Em médias móveis trimestrais, o índice cresceu 1,6 ponto, sexta alta consecutiva.
"A confiança dos consumidores continuou melhorando em setembro, apesar do menor ritmo se comparado às fortes altas anteriores. Com o resultado, o indicador se mantém em nível semelhante ao registrado no início de 2014, antes do início da recessão econômica daquele ano, e foi influenciado pela calibragem das expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre a situação atual continuou a evoluir positivamente. Esse quadro é heterogêneo nas faixas de renda, com melhora dos indicadores nos dois horizontes de tempo nas faixas de renda mais baixa e piora das expectativas futuras das famílias com renda mais alta. No mês, o movimento é reflexo da continuidade de fatores positivos na economia, concomitante a um cenário desafiador ao consumidor com juros, nível de endividamento e inadimplência elevados. Para os próximos meses, a confiança do consumidor pode voltar a neutralidade dos 100 pontos, caso a tendência atual continue", afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em setembro, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,8 ponto, para 83,2 pontos, maior nível desde dezembro de 2014. O Índice de Expectativas (IE) recuou 0,9 ponto, para 106,7 pontos.
O componente que mede a satisfação sobre a situação econômica local no momento atual cresceu 1,3 ponto, para 92,2 pontos, oitava alta consecutiva, alcançando o maior nível desde julho de 2014. O item que mede as avaliações sobre as finanças familiares subiu 2,3 pontos, para 74,6 pontos.
Quanto às expectativas, o ímpeto de compras de bens duráveis avançou 0,9 ponto, para 99,5 pontos, acumulando alta de quase 20 pontos desde junho. O item que mede as expectativas sobre a situação econômica local subiu 1,5 ponto, para 117,2 pontos. Apenas as perspectivas para as finanças familiares recuaram no mês, queda de 5,2 pontos, para 102,4 pontos, devolvendo parte da alta acumulada nos dois últimos meses.
A abertura da pesquisa por faixas de renda mostrou melhora da confiança nos grupos de renda mais baixa. Entre as famílias com renda até R$ 2.100, houve aumento de 2,7 pontos, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800 tiveram alta de 4,1 pontos na confiança. O indicador recuou 3,0 pontos para famílias com renda entre R$ 4.800,001 e R$ 9.600, e diminuiu 0,8 ponto no grupo com renda acima de R$ 9.600,01.
A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1º e 20 de setembro.
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