O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 3,7 pontos na passagem de abril para maio, para 87,3 pontos, informou na manhã desta terça-feira, 30, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 0,5 ponto, segunda alta consecutiva.
"Em maio, a confiança do comércio voltou a subir, compensando a perda do mês anterior. A alta no mês decorre do resultado mais favorável sobre a situação atual e da redução do pessimismo sobre os próximos meses", avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Apesar da recuperação no momento, Tobler pondera que o comércio ainda não recuperou tudo o que foi perdido na virada de 2022 para 2023. "A expectativa para os próximos meses é de continuidade desse momento mais morno para o setor, pelo menos até ter mais sinalizações positivas da confiança do consumidor e do ambiente macroeconômico."
Em maio, houve melhora na confiança em quatro dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 2,7 pontos, para 90,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) aumentou 4,8 pontos, para 85,1 pontos.
As empresas relataram em maio que os principais fatores que limitam a melhoria dos negócios são a competição, a demanda insuficiente e o custo financeiro.
O quesito competição está geralmente associado a uma economia mais aquecida, mas ainda está em nível bem abaixo do observado em maio de 2019, no pré-pandemia. O item demanda insuficiente está acima do registrado em maio de 2021 e 2022, "mostrando que ainda é um fator importante limitativo". Já o custo financeiro, que inclui a percepção sobre a taxa de juros, alcançou o maior valor registrado para meses de maio desde 2016.
A Sondagem do Comércio de maio coletou informações de 738 empresas entre os dias 2 e 26 do mês.
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