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Comsefaz: projeto sobre ICMS é inconstitucional e não reduz preço de combustíveis

Os 27 secretários estaduais de Fazenda divulgaram carta contrária à aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020 pelo Senado. A opinião unânime do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz) é de que o projeto é inconstitucional e não

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2022, 10:48:00 Editado em 16.02.2022, 10:56:51
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Os 27 secretários estaduais de Fazenda divulgaram carta contrária à aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020 pelo Senado. A opinião unânime do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz) é de que o projeto é inconstitucional e não teria o efeito prometido de reduzir o custo dos combustíveis.

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O PLP 11 já foi aprovado na Câmara dos Deputados e altera a cobrança do ICMS, imposto arrecadado pelos Estados fixando um modelo por litro de combustível. O senador que relata o projeto, Jean Paul Prates (PT-RN), estendeu na terça-feira, 15, a monofasia do tributo - quando a carga tributária é cobrada uma única vez, sem efeito cascata - para a gasolina. Inicialmente, ele previa essa possibilidade apenas para o diesel e o biodiesel.

O Comsefaz lembra que o texto aprovado pela Câmara em outubro do ano passado já retirava R$ 32 bilhões de arrecadação dos governos regionais. Os secretários avaliam ainda que a unificação de alíquota nos moldes do novo texto apresentado na terça "acarretaria fatalmente em aumento de carga tributária".

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"Considerando diversas as realidades regionais, os Estados com as menores cargas tributárias precisariam elevar suas incidências até o patamar que garanta a arrecadação dos estados com maiores cargas tributárias, para se chegar a uma alíquota cuja geração de recursos fosse de tamanho porcentual uniforme em todo território nacional", argumenta o Comsefaz.

Mais uma vez, o colegiado alega que a crise do custo dos combustíveis no Brasil não é causada pelo tributo estadual, mas sim pela Política de Paridade às Importações (PPI) praticada pela Petrobras desde 2016.

"As alterações sugeridas pelo PLP 11/2020, além de inconstitucionais e de não reduzirem os preços de combustíveis, serão custosas para as vidas dos cidadãos em situação de maior vulnerabilidade econômica, aqueles que mais serão afetados com o avultado corte de recursos de serviços públicos", completam os secretários estaduais.

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Ao mesmo tempo, o Comsefaz declara apoio a outro projeto, o PL 1.472/2021, que cria um fundo de estabilização para os preços dos combustíveis. Também relatada por Prates, essa proposta conta com uma enorme resistência da equipe econômica do governo federal, que a considera muito cara e com pouco efeito prático nas bombas.

"É fundamental não dar andamento a questões tributárias isoladas para que não prejudique o equilíbrio fiscal dos entes federados. Estes temas precisam ser tratados na sua totalidade, via Reforma Tributária Ampla, conforme apresentados na PEC 110, à qual os Estados manifestaram publicamente o seu apoio. Pretender alterar um imposto que será aposentado pela reforma em tramitação, não transmite a melhor confiança necessária às qualidades que este projeto reivindica", conclui o Comsefaz.

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